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Análise

Mudança de projeto e anúncio do novo técnico revelam um time em estado de emergência

PAULO VINÍCIUS COELHO COLUNISTA DA FOLHA

Quando Paulo Autuori chegou, em julho, estava claro o clamor da arquibancada por Muricy Ramalho. O barulho até cessou, em homenagem à história de Autuori no São Paulo --e talvez à complacência da torcida organizada com o presidente do time.

E, então, Autuori não convenceu. E capitulou. Ou teria sido o São Paulo?

Desde Mário Sérgio, em 1998, não havia treinador no time por um período tão curto. Mário Sérgio chegou depois da derrota por 7 a 2 para a Portuguesa, que derrubou Nelsinho Baptista, campeão paulista três meses antes.

Mário Sérgio ficou só dez jogos e saiu por não fazer o time superar o 16º lugar.

Autuori não completou o trabalho, foi demitido ao final de uma semana com quatro jogos em oito dias e é impossível esquecer isso ao avaliar seu desempenho.

Mas em 17 jogos venceu só três. Impossível também não acrescentar a passagem pelo São Paulo à lista de seus quatro últimos trabalhos ruins no futebol brasileiro: Cruzeiro (2007), Grêmio (2009) e Vasco (2013).

Autuori fala melhor do que trabalha, nos últimos anos. Em 1995, foi campeão brasileiro com poucas declarações e muitas vitórias.

Mas e o São Paulo? Em 1992, Telê perdeu cinco seguidas, ficou na corda bamba, sobreviveu porque a diretoria acreditou e foi campeão do mundo naquele ano. O São Paulo não acredita mais?

Demitir Autuori e contratar Muricy é assumir o erro ali atrás. Quando a torcida pediu Muricy e Juvenal trouxe Autuori, o presidente apostou no projeto de longo prazo, justo e correto. Projeto que Muricy não simboliza.

Apostar em garotos, revelar e montar times como faz o Barcelona... Isso Muricy não fará. Pode salvar da degola. O São Paulo assumiu estar em estado de emergência.


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