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Entrevista - Juvenal Juvêncio

Eu troquei o planejamento por um choque

PRESIDENTE DO SÃO PAULO DIZ ACREDITAR QUE ESTILO DE MURICY PODE TIRAR TIME DA CRISE

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, decidiu na madrugada de domingo para segunda-feira que precisava trocar de treinador.

Precisou, segundo ele, de dois minutos de conversa para contratar Muricy Ramalho, a quem diz ter ordenado: "Vá lá e resolva". À Folha, o cartola admitiu erros estratégicos de sua gestão na contratação e demissão de treinadores e disse ter confiança em uma reação do time.

Folha - Como foi sua decisão de trocar de treinador?
Juvenal Juvêncio - É uma situação dolorosa. Mas, num dia, eu via o semblante ruim das pessoas. No outro, também. Essas coisas começaram a se repetir. E eu sem poder contratar, com os mercados fechados. Comecei a temer que, se esperasse mais, pegaria o bonde ladeira abaixo. E queria pegá-lo no planalto. Então resolvi que o time precisava, emergencialmente, de um choque. E o Muricy tem esse jeito mais sanguíneo. Troquei o planejamento por um choque. Resolvi isso num telefonema.

A diretoria não admite haver risco de rebaixamento. Essa troca de técnico mostra que agora há o temor de cair?
Eu já vi isso [queda de divisão] com outros. Já acompanhei, de longe, dramas de outros. Eu não queria passar por isso. Eu queria algo que salvasse a minha honra. Precisava quebrar o diapasão que indicava um quadro ruim, precisava respirar. Ter só duas vitórias [Paulo Autuori venceu apenas duas vezes com o time no Brasileiro] é uma indicação ruim.

Qual foi a orientação para Muricy agora?
Falei para ele: "Você sabe quem está jogando, quem está no banco de reservas. Você conhece tudo lá dentro, a cozinheira, o roupeiro... Vá lá e resolva!".

Nos últimos anos o São Paulo trocou muito de treinadores. Neste ano demitiu Ney Franco, agora trocou Paulo Autuori por Muricy. O senhor considera que foram cometidos erros neste percurso?
Houve erros ao longo do tempo. Mas temos uma situação complicada. Há uma carência de grandes técnicos no Brasil. Tem técnicos que não têm o perfil da torcida, do clube. Arriscamos com o Adilson Batista [em 2011]. Depois tivemos um cidadão ótimo [Autuori], mas a torcida preferia outro [Muricy].

O senhor acredita que se tivesse contratado Muricy há dois meses, no lugar de Autuori, a situação hoje seria diferente?
É um processo de adivinhação pensar nisso. Mas o estilo do Muricy, mais impetuoso, poderia mexer antes. Talvez ele já tivesse colocado uns dois na rua.

Muricy poderá reintegrar Lúcio, afastado do elenco?
Ele vai decidir quem escalar ou colocar no banco. A diretoria faz seu papel.

A disputa política atrapalha?
Isso é negativo para o clube agora. Alguns já se lançaram candidatos e já morreram. Nós [da situação] fazemos do nosso jeito. Vamos ter um único candidato.


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