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Paulo Vinícius Coelho

A cara da Copa

O futebol anda parecido com o tênis do passado. O Mundial do Brasil pode mostrar isso

A seleção jogou bem contra Portugal e Felipão embarcou em seguida para Lisboa. Foi ver futebol na Europa. O leque de observações inclui o meia William, do Chelsea, o volante Rômulo, do Spartak Moscou, e o lateral Mario Fernandes, do CSKA.

No funil de observações para a Copa, Bernard e Maicon ganharam pontos. O lateral tenta reconstruir sua carreira na Roma. Deixou em Felipão a certeza de que dá prioridade à Copa do Mundo.

O sucesso de Ramires e Bernard nos amistosos contra Austrália e Portugal exigirá trabalho de Oscar.

Bernard trabalhou taticamente pelo lado direito, liberou Neymar para atacar do outro lado. Contra Portugal, via-se a linha de quatro zagueiros muito compacta com a do meio-de-campo, muitas vezes com cinco homens. Exatamente como jogam os principais times do futebol atual.

O Brasil está trabalhando bem, recuperando o tempo perdido. Mas não é o único.

Dez seleções já garantiram a vaga para a Copa de 2014, cinco delas na semana passada --Holanda, Itália, Argentina, Costa Rica e Estados Unidos.

A Argentina está forte, já é segunda colocada do ranking da Fifa e não perde há 12 partidas.

A Holanda não é derrotada há 13 jogos, maior série invicta das seleções atuais.

Nesta semana, a revista France Football, de Paris, fez perfil do técnico Louis van Gaal. A matéria abria com foto de Van Gaal rindo, abraçado ao atacante Lens. Dizia que Van Gaal mudou e está mais alegre.

Na Holanda, ele continua com fama de arrogante e tem Johan Cruyff como inimigo público. Mas o maior craque holandês não faz restrições ao estilo de sua seleção. Era mais severo com seu antecessor, Bert Van Marwijk, vice-campeão em 2010. A Holanda pode vir forte.

A Itália classificou-se com duas rodadas de antecipação nas eliminatórias, feito inédito.

A Alemanha garantirá vaga no dia 11 de outubro se vencer a Irlanda em casa, e a Espanha carimbará o passaporte com vitória sobre a Bielorrússia, em Mallorca.

Todos esses virão ao Brasil com chance de ir às semifinais. Os grandes estão fortes, mas os médios incomodam. O Chile empatou amistoso com a Espanha, a Colômbia tem dois dos cinco jogadores mais caros do verão europeu, e a Bélgica espalhou selecionáveis pelos maiores clubes da Europa --Hazard, do Chelsea, Mignolet, do Liverpool, Fellaini, do Manchester United.

Dez anos atrás, os tenistas costumavam dizer que havia apenas sutis diferenças entre os 20 maiores jogadores do ranking e não era surpresa quando o primeiro perdia para o 15º. "Hoje, só os quatro primeiros são iguais", afirma Fernando Meligeni.

O futebol anda parecido com o tênis do passado. A Copa do Brasil pode mostrar isso.


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