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Lúcio Ribeiro

Croozayro

O segredo do líder pode estar na principal posição do Brasileirão: o banco. E ter nome esquisito: Mayke

Não sei você, mas eu estou adorando esse Brasileirão muito "loko", do perde e ganha, em que os de cima sobem e os debaixo descem, e os do meio ficam trocando de lugar a cada rodada, quase que podendo ir perto do G4 ou descambar próximo ao Z4 em poucas rodadas. O torneio em que, para melhorar, os heróis recentes são reservas. Ou estão deixando de ser, porque já que surgiram como heróis"¦

Neste fim de semana, no Rio, preso em um trânsito de praia, fiquei ouvindo comentaristas de uma tradicional rádio carioca discutirem o Brasileirão, no domingo pré-rodada.

Entre as conversas bizarras travadas, chegou a hora, claro, de falar do Cruzeiro, o líder. Um dos comentaristas tinha visto o time jogar pela primeira vez no sábado, contra o Atlético-PR, e se decepcionou (!). Ele disse não entender como o time mineiro estava em primeiro com um futebol que parecia mais corrida dessas tipo revezamento 4 x 100 metros. No caso, uma equipe 3 x 100 (três "corredores": Willian, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro). No caso, a bola no lugar do bastão. O time todo do Cruzeiro se esforça para entregar o bastão redondo para os três dispararem rumo ao gol? E o que quer que isso seja, para o comentarista, é ruim. Como assim?

Como todos os pitacos futebolistas levam agora ao Cruzeiro, vamos aqui deixar o nosso.

O que torna este Brasileirão 2013 bem louco é que, entre os heróis que são reservas --o "novo Neymar" Hyuri (Botafogo) e o goleador Éderson (Atlético-PR, artilheiro do campeonato), ou os luxuosos Pato e Ganso, assíduos frequentadores de banco--, está talvez um dos segredos do Cruzeiro: Mayke, 20 anos e um nome equivocado, banco na lateral direita.

Acidentalmente, o Cruzeiro corrigiu um erro de rota ao "achar" Willian, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro para um ataque que era desenhado com Diego Souza, Dagoberto e Borges. Isso é a parte visível do sucesso do clube mineiro.

Mas uma arma e ao mesmo tempo um "problema" para o técnico Marcelo Oliveira é a lateral direita, importante válvula de escape para ligar o resto do time ao seu ataque: o titular Ceará e o reserva Mayke estão em grande fase. E Mayke "combina" melhor com a velocidade dos atacantes.

Prata da casa, Mayke é a principal revelação da equipe e tem um estilo de jogo que lembra o do selecionável Maicon, quase xará que por acaso era reserva no Cruzeiro campeão de 2003. Ele já fez um gol no Brasileiro, contra o Vitória. E fez também o técnico tomar atitudes extremas, como tirar o lateral esquerdo e jogar com dois direitos.

Recentemente, no triunfo contra o Flamengo, Marcelo Oliveira deslocou Ceará à outra lateral para Mayke ter seu espaço na direita. Do pé direito do menino saiu o passe para o gol salvador de Ricardo Goulart no importante 1 a 0. O mesmo pé que na semana passada deu a Willian o gol da vitória contra o Goiás fora de casa.

Esse Mayke joga "mooyto".


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