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Influente na CBF, futebol paulista patina

SÉRIE A
Poder nos bastidores contrasta com o pior desempenho do Estado na era dos pontos corridos com 20 times

O futebol de São Paulo nunca esteve tão mal representado na Série A do Campeonato Brasileiro quanto neste ano: não tem nenhum time na zona de classificação à Taça Libertadores, e três brigam contra o rebaixamento.

O Corinthians, melhor paulista na classificação, está em sexto, com 30 pontos, a 16 de distância do líder Cruzeiro --e a apenas seis da degola.

A impotência dos times de São Paulo dentro de campo contrasta com o poder que o Estado exibe fora dele.

O presidente da CBF é, há um ano e meio, o paulista José Maria Marin, ligado ao São Paulo Futebol Clube.

Desde que assumiu a confederação, em março do ano passado, Marin tratou de se cercar de conterrâneos.

Não há decisão na CBF que seja tomada sem o consentimento do vice Marco Polo Del Nero, que acumula o cargo de presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol).

Quem também ganhou poder foi Reinaldo Carneiro Bastos, vice da FPF, que virou diretor de desenvolvimento de projetos da CBF --na prática, manda nas Séries B, C e D.

Marin não deixa de levar Del Nero e Carneiro Bastos para onde quer que vá --viagens com a seleção, por exemplo. Também faz campanha para que Del Nero o substitua na presidência da CBF. As eleições devem ocorrer em abril ou maio de 2014.

Há ainda vários outros cargos de menor importância ocupados por paulistas.

Quando esse movimento começou, houve quem se insurgisse. As federações de futebol de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Rio chegaram a ensaiar uma oposição contra o que chamavam de "paulistização da CBF".

O temor de que os clubes paulistas fossem beneficiados mostrou-se infundado. O Fluminense levou o Brasileiro de 2012 e nada indica que um paulista ganhe o de 2013.

Neste Brasileiro, a CBF já foi alvo de críticas de São Paulo, Santos e Portuguesa. No caso dos dois primeiros, por causa do calendário. Como fizeram amistosos fora do país, tiveram que jogar até quatro vezes em oito dias para compensar as rodadas perdidas.

"Ninguém mandou o São Paulo viajar", foi a resposta de José Maria Marin às queixas do clube. A Portuguesa reclamou muito de erros de arbitragem nas partidas contra Grêmio e Coritiba.


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