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Não acredito que 'a Ferrari tentava me ferrar', afirma Felipe Massa

F-1
De saída da equipe, ele diz não ter sido prejudicado, mas que era hora de "buscar novos ares"

TATIANA CUNHA DE SÃO PAULO

A despedida começa hoje e vai até domingo, quando será disputado o GP Brasil. Depois de 13 anos como contratado da Ferrari, os últimos oito deles como titular da mais tradicional escuderia da F-1, Felipe Massa está de partida.

No próximo Mundial, correrá pela Williams. Um time menor, que não vive uma boa fase. Mas para que, para Massa, é sinônimo de um novo desafio, ou, em suas próprias palavras, "um recomeço".

"Estava na hora de buscar novos ares", afirmou o piloto à Folha antes de chegar para os primeiros treinos livres do encerramento do Mundial deste ano, que serão hoje, às 10h e às 14h (com SporTV e SporTV2). "Acho que se eu tivesse tido esta mesma proposta [da Williams], eu teria saído por vontade própria."

Foi na Ferrari que Massa viveu seus melhores e piores momentos. Da disputa do título em 2008 ao episódio em que teve de ceder a vitória do GP da Alemanha ao parceiro Fernando Alonso, em 2010.

Sobre Alonso, aliás, acha que teve condições de igualdade para competir. Não crê, portanto, que tenha sido prejudicado pela Ferrari.

Folha - Se a decisão de ficar ou sair da Ferrari fosse apenas sua, teria saído da equipe?
Felipe Massa - Acho que sim. Se tivesse a oportunidade de correr em outra equipe, se tivesse uma boa proposta, acho que já era hora de mudar um pouco os planos. Não só pra mim como pra Ferrari também. Era uma mudança que eu estava precisando.

Como está se sentindo?
É um recomeço. Estou super feliz, tenho muito a fazer. É um desafio novo, estou motivado pra tentar o possível para voltar a ser competitivo. Não só eu como a Williams, que vem de um momento complicado. Eles me queriam muito, não conversaram com outro piloto. Por isso, fechamos por mais de um ano, porque eles não queriam um tapa-buraco.

Tem algum arrependimento?
Tenho. Alguns momentos, campeonatos que foram difíceis. Mas sou um cara feliz, contente. Brasileiro gosta de reclamar, mas é importante analisar o que eu passei.

Acredita que sempre teve condições de igualdade com Fernando Alonso na Ferrari?
Acredito que sim, não vejo motivo de uma equipe fazer algo pra te prejudicar, porque os seus pontos também vão para eles. Não sou um cara frustrado e é difícil eu dizer que a equipe que eu corria tentava me ferrar ou não queria me pôr na condição ideal. Prefiro não pensar nisso porque não consigo acreditar que uma equipe faça isso.

Neste GP Brasil você completa cinco anos sem vencer uma corrida. Como explica isso?
Depois de 2008, a Ferrari não teve mais o carro de antes. O Alonso ganhou algumas corridas, mas foi por força dele, coisa que eu não consegui. Passei perto, mas não fiz acontecer. Acho que tenho boa velocidade, mas não tive mais o mesmo carro.

Você tem um contrato longo. Se vê na F-1 por quanto tempo?
Não penso nisso. Me vejo tentando fazer uma segunda parte forte da minha carreira. Quanto vai durar, não sei, que dure quanto tiver que ser. Se eu for competitivo, se a Williams também for, vou ficar.

Do que mais vai sentir falta?
Do lado humano, sem dúvida, pois eu sempre entrei na fábrica como se fosse a minha casa. Mais do que a competição, porque quando você senta no carro, senta pra correr. E isso vou continuar fazendo. E o macarrãozinho também vai fazer muita falta.


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