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Tostão

O Galo quer cantar mais alto

O fraco Raja Casablanca, por jogar em casa e saber armar uma defesa, pode dificultar para o Atlético-MG

A ESPN Brasil tem mostrado grandes partidas entre seleções do passado. Muitos jovens não gostam, acham os jogos muito lentos e ficam decepcionados em relação ao que contaram seus pais. Assistem às partidas com o olhar do presente. Já os mais velhos adoram, falam que o futebol era muito mais bonito e que hoje há muita correria. Veem com o olhar do passado. Não existe observador totalmente neutro.

O presente é hoje, em Marrakesh, entre Atlético-MG e Raja Casablanca. Conheci um médico que assistiu ao filme "Casablanca" 27 vezes. Deve ter chegado a 50, só para escutar a trilha sonora ("As Time Goes By"), cantada ao piano, em um bar, e para ver o charme de Humphrey Bogart, a beleza de Ingrid Bergman e o talento dos dois. Vi o filme três vezes.

O Raja Casablanca é fraco, mas, por jogar em casa e ter mostrado, contra o Monterrey, que sabe organizar uma defesa, pode dificultar para o Atlético-MG.

Como se esperava, o Bayern ganhou com facilidade do Guangzhou. Provavelmente, Atlético-MG e Bayern farão a final no sábado.

Diferentemente do Barcelona, mesmo quando era treinado por Guardiola, atual técnico do Bayern, o time alemão une as características do Barcelona, de muita troca de passes e de posse de bola, com a enorme eficiência do Bayern do ano passado, nas jogadas aéreas, defensivas e ofensivas, quando o time era dirigido pelo alemão Jupp Heynckes. O Barcelona sofre muitos gols pelo alto e raramente marca em jogadas aéreas.

Uma tendência mundial é diminuir a importância do típico centroavante, estático, apenas finalizador. Guardiola tentou barrar Mandzukic, ao colocar o meia Götze de centroavante, mas, como o croata faz muitos gols, o técnico tenta fazer com que ele se movimente mais. Foi o que ocorreu com Fred, na Copa das Confederações. Fred e o time brasileiro cresceram.

Não se deve confundir a improvisação de um meia na função de um centroavante, como Götze, no Bayern e na Alemanha, e Fábregas, no Barcelona e na Espanha --geralmente, não dá certo--, com a escalação de um atacante hábil, artilheiro e que volta para receber a bola, como Neymar ou Messi. Assim funciona.

Se o Atlético-MG enfrentar o Bayern, terá menos chance de vencer do que tinha o Corinthians, contra o Chelsea. O Bayern é melhor que o Chelsea. O Corinthians era também muito bem preparado para não sofrer gols, mesmo contra grandes equipes, e ganhar de 1 a 0, como ocorreu. Esta é uma das razões da queda da equipe. Quem costuma ganhar de 1 a 0 e tem obsessão por não sofrer gols está no limite entre conseguir este resultado e empatar por 0 a 0 ou perder por 1 a 0.

Se enfrentar o Bayern, o Atlético-MG, por ter um ótimo quarteto ofensivo e por não ter obsessão por não levar gols, pode ser campeão e também ser goleado.


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