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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

O jeito de resolver

Kardec não é craque, mas é inteligente, entende o que o jogo lhe pede e executa; por isso, pode ser convocado

A chance de convocação de Alan Kardec nesta semana tem muito a ver com a maneira como ele se dedica à equipe. No melhor momento do Palmeiras no jogo, no primeiro tempo, Valdivia era o centroavante. Kardec saiu da área e trabalhou para Valdivia infiltrar-se. Como centroavante, o chileno fez o passe para Mazinho quase marcar.

Kardec não é craque. É inteligente. Entende o que o jogo lhe pede e executa. Não tem de jogar a Copa do Mundo por causa disso, mas pode disputar o amistoso contra a África do Sul por ser o centroavante tático. Se faz o gol de empate no clássico a chance aumenta.

Kardec pode ser convocado.

É preciso entender o que um técnico quer para perceber a história de cada convocação -e de cada jogo também. Mano Menezes tem uma frase clássica sobre as longas séries de derrotas que acometem todos os grandes clubes de tempos em tempos: "Antes de pensar em ganhar é preciso parar de perder."

O Corinthians correu atrás do Palmeiras no primeiro tempo, e Mano Menezes voltou para a segunda etapa dizendo ter gostado da equipe. Tinha razão para isso.

O objetivo era estancar o sangue e depois melhorar a saúde. No início da segunda etapa, o Corinthians já era muito mais forte, com marcação precisa dos três volantes, Ralf, Guilherme e Bruno Henrique, e chegada rápida ao ataque quando recuperava a bola.

O plano de Mano Menezes é ter dois meias criativos, capazes de dividir a organização do jogo. Mas, contra o Palmeiras, a receita foi marcar com três volantes, dois deles capazes de se juntarem a Jadson, que se infiltrassem e atacassem o Palmeiras quando tivessem a bola.

No segundo tempo, o Corinthians foi assim.

Guilherme projetou-se para fazer a tabela com Fagner na jogada do gol de Romarinho. Neste meio de campo do Corinthians, o volante não pode ser apenas marcador. Tem de jogar, como Guilherme conseguiu na jogada do gol.

No segundo tempo, Kardec isolou-se como centroavante e Valdivia ficou preso à marcação de Ralf.

Com Marquinhos Gabriel pela direita e Leandro morto do outro lado, o Palmeiras perdeu o duelo no setor vital do jogo, o meio de campo. Os corintianos marcavam e jogavam. Os palmeirenses esperavam pela bola.

A situação mudou com a entrada de Mendieta na vaga de Leandro e com a troca corintiana de Bruno Henrique por Ramírez. O Corinthians passou a ter dois armadores. Perdeu o setor vital. Passou a se defender apenas.

Por isso levou o gol de Alan Kardec.

A última vitória do Palmeiras sobre o Corinthians no Pacaembu, em 1995, também foi chamada de clássico da Paz. Fazia um mês da batalha do Pacaembu na final da Supercopa São Paulo. Dezenove anos depois, falou-se da paz e do tabu. É hora de falar menos e resolver mais.

CARRAPATO

Dores na coxa de Lucas Silva deram a Marcelo Oliveira a decisão de escalar um carrapato: Rodrigo Souza colou no meia do Atlético. O Cruzeiro foi melhor, mas o Atlético teve chances como num tiro de Dátolo, no primeiro tempo. A marcação estava na faixa central, com Ronaldinho. Dátolo ficou solto.

TUFÃO

Na novela, o personagem Tufão, de Murilo Benício, jogou no Flamengo. Na vida real, é do Vasco. Douglas deixou o Corinthians, onde ganhou o apelido, e estreou bem no Vasco. Aos poucos, Adílson Batista ajeita o time, que teve até gol de Tufão/Douglas invalidado. No segundo tempo, o Fla melhorou.


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