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COB estuda limitar acesso de atletas a redes sociais

OLÍMPICOS Tempo no Facebook e Twitter afeta performance, diz dirigente

PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) cogita criar regras para impedir que os atletas exagerem no uso de smartphones e tablets e no acesso a redes sociais nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e na Olimpíada do Rio-2016.

A entidade tem orientado competidores, mas pode criar normas mais rigorosas para definir condições de uso, pois considera que eles podem ser um fator de distração.

"Não é censura e nem queremos criar uma cartilha de hábitos, mas precisa haver limite", disse Jorge Bichara, gerente-geral de performance esportiva do COB.

"Nossa preocupação é com o rendimento dos atletas nesses megaeventos", afirmou.

Para ele, a utilização abusiva interfere no sono e, consequentemente, na recuperação. "O COB tem investido em ciência do esporte, bioquímica e outras áreas, e essa questão do sono é essencial."

"O mais comum hoje é alguém ficar conectado até de noite, mas no Pan e na Olimpíada tem de ser diferente."

Manifestações em redes sociais, como Twitter e Facebook, também estão na mira e podem ser restritas pelo COB. "Queremos que eles [atletas] tenham noção de que comentários podem dar repercussão e que evitem brigas ou coisas do tipo", disse.

Bichara citou como exemplo um caso envolvendo a judoca Rafaela Silva, campeã mundial no peso leve (até 57 kg). Após ser eliminada nos Jogos de Londres, por aplicar golpe irregular, ficou indignada com algumas mensagens que recebeu no Twitter.

Como resposta, distribuiu xingamentos e críticas --usou termos como "cala a boca" e "babaca". Mais tarde, porém, reconheceu ter errado.

No episódio, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) chegou a dizer que solicitaria à Polícia Federal uma investigação para identificar os usuários do microblog que a ofenderam.

"A ideia é não impedir ninguém de ter Twitter ou blog. Mas vamos orientar a ter prudência", afirmou o dirigente.

Vetos a redes sociais não são novidade no meio esportivo. O Comitê Olímpico Internacional, em 2011, proibiu que atletas usassem mídias desse tipo com objetivos comerciais. A medida visava favorecer os patrocinadores dos Jogos Olímpicos.


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