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Paulo Vinícius Coelho

Trio de fel

A trinca de sócios da nova arena precisa ser a base para o Palmeiras voltar a ser parte do trio de ferro

Tite foi o técnico do Corinthians 17 vezes contra o São Paulo. Ganhou sete, empatou seis e perdeu quatro. Em 2005, foi demitido após perder por 1 x 0 para o tricolor. A experiência reforça sua opinião: "A rivalidade entre os dois clubes às vezes passa do limite".

É o caso da partida de hoje. O São Paulo manda o clássico na Arena Barueri e, mesmo que ninguém assuma, a escolha do local tem a ver com rejeição ao Pacaembu, casa do Corinthians.

Rivalidade também foi a razão de os contratos de empréstimo de Pato e Jadson incluírem a estúpida cláusula da ausência no clássico. Se Pato e Jadson jogassem, seriam o assunto da cidade. Mas não podem.

Mano Menezes afirmou que vai cumprimentar o técnico do São Paulo, mas só se Muricy tomar a iniciativa.

Como Tite diz, às vezes passa do ponto.

Corinthians e São Paulo têm hoje a rivalidade mais acirrada da cidade. Isso é cíclico. "Tive 31 derrotas no Corinthians e é justo imaginar que metade delas tenha sido contra o Palmeiras", diz o ex-volante Zé Elias.

Entre 1993 e 1999, palmeirenses e corintianos disputaram três finais estaduais, uma do Brasileirão, outra do Rio-São Paulo. Historicamente, Corinthians x Palmeiras é o clássico, o Dérbi.

Também no início dos anos 90, o dinheiro da Parmalat ameaçava a força do São Paulo de Telê Santana. As duas diretorias trocavam críticas públicas. Era assim também nos anos 40.

Dói nos corações dos palmeirenses quando alguém diz que os maiores rivais agora são Corinthians e São Paulo. Se são, a culpa é do Palmeiras.

Depois de perder seu melhor jogador para o São Paulo, a escolha do novo técnico pode revelar o que o Palmeiras quer para si mesmo.

Pensar grande é o desafio!

Não há dinheiro, mas há parceiros ao alcance dos dedos. Segunda-feira, Paulo Nobre ouviu de um conselheiro que precisa construir uma cogestão com a WTorre. Respondeu que isso é impossível na relação com a construtora.

Há um ano, a WTorre vendeu os naming rights da nova arena para a seguradora Allianz. Em vez de estreitar os laços com os alemães, o Palmeiras cogitou vender patrocínio na camisa para a Zurich Seguros, concorrente da Allianz.

O Palmeiras não tem dinheiro, porque ainda não refinanciou sua dívida. E porque não se sentou para conversar com os parceiros que possui. A trinca de sócios da nova arena precisa ser a base para o clube voltar a ser parte do histórico trio de ferro. Não para ter uma trinca de fel entre os sócios.

Pensar grande é mirar o futuro em vez de olhar o passado. Não é Luxemburgo, mas talvez Jorge Sampaoli, da seleção do Chile, louco para trabalhar no Brasil.

Enquanto não se decide, o Palmeiras assiste hoje ao clássico paulista mais importante da atualidade: São Paulo x Corinthians.


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