Folha de S.Paulo

Memória

África do Sul criou moda e 'estádio' para receber turista

FÁBIO ZANINI EDITOR DE "MUNDO"

Em 2010, a África do Sul desenvolveu sua própria versão da "sexta-feira casual", a moda, popular entre executivos, de deixar paletó e gravata em casa.

Às sextas, os escritórios eram tomados por pessoas usando camisa amarela, cor do uniforme da seleção.

Foi apenas um exemplo de manifestação criativa de uma população que encarava o Mundial mais como a chance de se mostrar ao mundo que como um mico esperando para ocorrer.

Havia outras: no aeroporto de Johannesburgo, as cadeiras para espera de passageiros em frente a um portão de desembarque foram substituídas por uma pequena arquibancada, e o chão ganhou um enorme adesivo reproduzindo um campo de futebol. A brincadeira era fazer o turista recém-chegado pisar neste "estádio" no momento em que entrava no país.

Semanas antes do Mundial, os semáforos estavam cheios de vendedores de vuvuzelas e, na véspera do jogo inicial, um grande show lotou um estádio no bairro de Soweto.

O hino da Copa, "Waka Waka", foi tocado, claro, e era bem chatinho. Mas pelo menos lá as pessoas o conheciam.