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Espanha é a campeã que menos mudou

Contra a Holanda, equipe começa hoje defesa do título com 16 dos 23 atletas de 2010

ROBERTO DIAS ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR (BA)

Tivesse sido lançado na Copa passada, o álbum de figurinhas da Espanha que veio ao Brasil não estaria mais errado que o dos outros times.

Nunca um campeão mudou tão pouco ao defender o título quanto a equipe que estreia contra a Holanda.

Dos 23 jogadores que foram à África do Sul, 16 estão no Brasil. O técnico é o mesmo.

O jogo desta sexta (13) é uma repetição do ato que encerrou a Copa de 2010. "A diferença vai ser muito pequena. Os mesmos jogadores, o mesmo treinador, a mesma maneira de jogar", diz o volante espanhol Busquets. "A maior diferença é deles, que mudaram muito, sobretudo na defesa, o técnico é outro."

Até este Mundial, o campeão mais conservador havia sido a França ao defender o troféu de 1998. Repetiu 15 jogadores na Copa da Coreia/Japão, mas trocou o treinador. O resultado? Um fantasma que ronda silenciosamente os espanhóis: a França foi eliminada na primeira fase sem marcar nenhum gol, o maior vexame já dado por um campeão em Copas.

No caso espanhol, o debate é mais sofisticado. A repetição do time suscita dúvidas sobre quanto o futebol tique-taque, de toques rápidos, ainda pode envolver os adversários. Mas faz jus a uma geração que há seis anos termina a temporada no topo do ranking. E que busca no Brasil o que ninguém conseguiu.

Time nenhum levou dois torneios continentais e dois Mundiais seguidos (além da Copa-2010, a Espanha venceu as Eurocopas de 2008 e 2012).

Europeu nenhum venceu Copa disputada na América.

Campeão nenhum foi bi no último meio século --o último foi o Brasil, em 1962.

"Se a Espanha vencer, ela será com certeza a melhor seleção da história", afirma o francês Marcel Desailly, que participou do título de 1998 e do fracasso de 2002.

O técnico Vicente Del Bosque explica que não faltaram opções para mexer no time, mas diz não encontrou razões para mudar. "É um grupo de gente boa e saudável."

Não é um time velho, mas é experiente. Em média, cada um já jogou 61 vezes pela Espanha.

Del Bosque reconhece que não houve melhora em relação a 2010 e que falta agressividade no ataque ("posse de bola sem profundidade não tem sentido", afirmou numa entrevista recente).

São justamente esse os pontos que alimentam os céticos. "A Espanha não tem qualidade para vencer a Copa", diz o português Figo, que já foi o melhor do mundo.


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