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Argélia empata e vai às oitavas pela 1ª vez
Equipe africana enfrentará alemães; técnico se recusa a falar sobre período do Ramadã
A última vaga nas oitavas de final foi obtida com alta carga emocional e um resultado histórico. A Argélia, país sem tradição no futebol, avançou pela primeira vez.
Também pela primeira vez a África classificou duas seleções para as oitavas --a Nigéria é a outra equipe.
A Argélia arrancou empate por 1 a 1 com a Rússia, na quinta (26), em Curitiba. Assegurou o segundo lugar no Grupo H com quatro pontos e eliminou os anfitriões do Mundial-2018.
Os russos ainda voltarão para casa com uma incômoda marca. Desde a dissolução da União Soviética, em 1991, não conseguem ir às oitavas. Fracassaram em 1994 e 2002.
Os argelinos, que nas três participações anteriores (1982, 1986 e 2010) caíram na fase de grupos, duelarão com a Alemanha, na segunda (30), em Belo Horizonte.
Haverá um desafio extra: os atletas da Argélia, país de maioria muçulmana, terão de conciliar os treinos com o Ramadã, período de jejum e oração que começa no dia 28. Não se sabe como farão, já que os religiosos jejuam durante o dia e só se alimentam à noite.
O técnico Vahid Halilhodzic se irritou ao ser questionado sobre o tema. "Estou aqui para falar de futebol. Não estou aqui para falar do Islã nem de qualquer coisa que não seja futebol."
O jogo não começou bem para os argelinos. Aos 5 min, a equipe sofreu um gol do atacante Kokorin. Mas, depois, o time empolgou. Os africanos jogavam com mais rapidez e vontade, pecando, porém, nas finalizações. Tanto que o empate só saiu aos 14 min do segundo tempo, com Slimani.
Depois, defendeu-se. "A Argélia jogou uma partida heroica", celebrou Halilhodzic.
BÉLGICA 100%
A outra vaga no grupo já estava definida. Sem surpresa, a Bélgica bateu a Coreia do Sul por 1 a 0 no Itaquerão.
O resultado deu a liderança aos belgas, com nove pontos. Agora, eles se preparam para enfrentar os EUA, no dia 1º, em Salvador, pelas oitavas.
O gol foi do capitão Vertonghen, aos 33 min do segundo tempo. "Fomos bem" resumiu o técnico Marc Wilmots.
A Coreia do Sul era a última esperança da Confederação Asiática de Futebol de ter um representante nas oitavas. Foi o pior desempenho das equipes da AFC (na sigla em inglês) desde 1998.