Folha de S.Paulo

Chuva no Recife faz estrangeiro entrar na água para ir a estádio

DO RECIFE DO ENVIADO AO RECIFE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RECIFE

A chuva torrencial que atingiu o Recife desde a madrugada de quinta (26) atrapalhou a vida dos torcedores dos EUA e da Alemanha, mas o sistema de drenagem do campo garantiu um jogo com bola rolando tranquilamente.

Técnicos e atletas dos dois lados elogiaram a drenagem. Joachim Löw, treinador da Alemanha, chegou a dizer que, apesar da chuva, o gramado da Arena Pernambuco estava melhor que os de Salvador e Fortaleza, onde seu time jogou antes, com sol.

Já quem queria apenas assistir à partida não teve tanto motivo para elogiar. Familiares dos jogadores norte-americanos não puderam ir ao estádio.

Desde o início da manhã, diversas ruas do Recife estavam submersas. Turistas ficaram ilhados nos hotéis à espera de táxis, que circularam em número reduzido.

A Folha flagrou vários estrangeiros caminhando dentro d'água para tentar chegar ao metrô. Quem conseguiu teve de enfrentar longas filas.

NATAÇÃO

Quando o jogo começou, às 13h, muitas cadeiras ainda estavam vazias. Havia torcedor chegando à arena no final do primeiro tempo.

"Tivemos que nadar", disse em tom de brincadeira a alemã que se identificou apenas como Suzan, natural da cidade de Dortmund.

O trajeto da zona sul ou do centro do Recife, que sem trânsito e em um dia normal leva de 30 a 50 minutos, era feito em mais de uma hora --em alguns casos em até três.

De acordo com a Apac (Agência Pernambucana de Águas e Cilma), da meia-noite até as 9h choveu no Recife 51,6 mm (milímetros), o que corresponde a 25% do previsto para o mês de junho.

Em São Lourenço da Mata, onde fica o estádio, o acumulado era de 55,8 mm.