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PVC na Copa

O tamanho do tombo

É preciso criar um fato novo! Procurar Guardiola ou alguém com experiência na Europa

É preciso criar um fato novo! Procurar Guardiola ou alguém com experiência na Europa

José Maria Marin e Marco Polo Del Nero foram os únicos a não aparecer no dia seguinte ao fiasco. Felipão e mais seis integrantes da comissão técnica deram as caras. No total, sete! Nada do que dissesse diminuiria o impacto do que já é chamado no mundo de o maior vexame da história do futebol.

É preciso criar um fato novo! Ir à procura de Pep Guardiola ou de alguém com experiência na Europa. Alguma coisa precisa acontecer. Verdade que não é só o Brasil que anda precisando refletir sobre seu futebol.

Qual tombo é maior? O da Itália eliminada nas duas últimas Copas na primeira fase? Ou o do Brasil, humilhado em sua própria casa? A Itália ficou atrás de Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, quatro anos atrás, e da Costa Rica em 2014. O Brasil escalou degraus até a semifinal, como não fazia havia 12 anos, e, do alto, desabou! O tombo é muito maior! O resultado é melhor, mas a repercussão, insuperável!

Sofrer 7 a 1 é como ser pego no ato da infidelidade com batom na cueca. Não tem o que dizer!

Ainda assim é possível detectar a causa mortis.

Felipão e Parreira voltaram a falar em pane nos seis minutos com quatro gols sofridos. Ah, se não fosse o apagão! Talvez a derrota fosse menos cruel: 3 x 1 para a Alemanha, quem sabe... Eliminação do mesmo jeito.

O apagão teve causas táticas, sumiço de posse de bola, e emocionais, ausência das referências.

A seleção teve outros apagões (veja abaixo). Alguns pela falta de passes, de meio de campo, outros por puro desespero. Parreira era o técnico da posse de bola, diz que esta geração não tem passadores, mas admite que Hernanes sabe passar --jogou 35 minutos na Copa.

Felipão sempre foi o treinador da motivação e não conseguiu tirar a aflição do elenco. Em 2006, o Brasil perdeu a Copa por falta de comprometimento. Em 2014, com excesso de vontade e overdose de apagões. Sem pôr o pé em cima da bola, o último apagão foi definitivo.

UM APAGÃO POR JOGO

Desde que sofreu o primeiro gol, contra, na estreia, a seleção entrelaçou problemas táticos e emocionais

12/6 - BRASIL 3 x 1 CROÁCIA (APAGÃO EMOCIONAL)
O time saiu atrás e só empatou em jogada de Neymar, após 18 minutos. A virada foi num pênalti duvidoso. Teve 59% de posse de bola, grande parte na defesa. Poderia ter sofrido o segundo gol.

17/6 - BRASIL 0 x 0 MÉXICO (APAGÃO TÁTICO 1)
No intervalo, saiu Ramires e entrou Bernard, mudando para 4-3-3. O time perdeu o meio de campo. Por 20 minutos, o México poderia fazer 1 a 0. Os mexicanos perguntaram: o Brasil é o visitante?

23/6 - CAMARÕES 1 x 4 BRASIL (APAGÃO TÁTICO-EMOCIONAL 1)
A seleção começou bem. A bola não parava e Camarões ganhou escanteio. Bola na trave! Em seguida, Daniel errou e Camarões marcou. O medo do fiasco produziu um sufoco. Neymar resolveu.

28/6 - BRASIL 1 x 1 CHILE (APAGÃO TÁTICO-EMOCIONAL 2)
Ótimos 30 minutos, mas faltava meio-campo. A seleção vencia por 1 a 0, mas cedeu terreno e levou o empate numa falha de Hulk. O Brasil se desesperou porque não conseguia trocar passes ou não conseguia trocar passes porque se desesperou?

4/7 - BRASIL 2 x 1 COLÔMBIA (APAGÃO TÁTICO 2)
Por 60 minutos, o time fez seu melhor jogo. Mas, quando James Rodríguez mudou de posição a seleção perdeu o equilibrou na posse de bola e, por 15 minutos, arriscou-se a levar o empate.

8/7 - BRASIL 1 x 7 ALEMANHA (APAGÃO TÁTICO-EMOCIONAL 3)
Escolher Bernard agravou o problema do meio, o mais forte setor alemão. O Brasil levou contra-ataque, gol e sentiu os desfalques. Faltou a bola parar. Bateu o desespero! Faltou cuidar da bola.


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