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FIEL

Empurrada por uma torcida fanática que lotou o Itaquerão e gritou até 'Timão', Argentina derrota a Holanda nos pênaltis e avança à final

ALEX SABINO DIEGO IWATA LIMA ROBERTO DIAS DE SÃO PAULO

Construído para abrir a Copa, o Itaquerão conheceu, ao se despedir do Mundial, o maior e mais enlouquecido público de seus quase dois meses de vida.

No estádio do alvinegro Corinthians, o azul tomou tomou o lugar do preto, mas os gritos de "Timão" não desapareceram. Porque até isso os argentinos cantaram nesta quarta (9), quando, depois de uma partida disputada sob frio de 16 graus e chuva, continuaram pulando por 40 minutos depois do final, até serem retirados pela polícia.

De fato, não era pouca coisa o que comemoravam. A vitória por 4 a 2 sobre a Holanda nos pênaltis os levou para a decisão da Copa pela primeira vez em 24 anos e manteve o tabu de que a Argentina nunca perde na semifinal.

O resultado programou para o domingo o maior replay de finais da Mundial: será a terceira vez que Alemanha e Argentina decidirão o título.

Cada seleção ganhou uma vez: a Argentina em 1986, no México, e a Alemanha em 1990, na Itália.

Os argentinos tentarão evitar que um europeu vença na América pela primeira vez --nas sete edições em que o Mundial foi jogado no continente, a taça não saiu dele.

Com a derrota da Holanda, o clube dos vencedores de Copas não será ampliado no Brasil, ao contrário do que aconteceu na África. Continuará com oito membros.

A Holanda manteve sua tradição de jogar como nunca e perder como sempre. Nenhuma seleção chegou cinco vezes à semifinal sem jamais ter erguido a taça. No Brasil, a equipe fracassou depois de fazer a melhor campanha da primeira fase, virar em seis minutos sobre o México e colocar um goleiro só para bater a Costa Rica nos pênaltis.

Contra a Argentina, porém, o técnico da Holanda, Louis van Gaal, apostou em fazer gols. Gastou suas substituições para atacar mais, em vez de guardar uma para Krul, o goleiro que defendeu duas cobranças nas quartas.

Vlaar, provavelmente o melhor do lado da Holanda durante o jogo, errou a cobrança que abriu a série, e Sneijder também perdeu.

A torcida argentina dominava o público de 63.267 pessoas no Itaquerão, o maior do estádio, e o gol escolhido para as cobranças foi justamente onde ela estava mais concentrada. As penalidades consagraram o goleiro Romero, que pegou duas após a sétima prorrogação desta Copa e o primeiro 0 a 0 do estádio.

Se usualmente o 9 de julho já é um dia de festa para os argentinos --comemoram sua Independência--, neste ano ganharam muitos motivos a mais para vibrar.

Um dos motivos é pessoal e atende pelo nome de Messi. Ele ganhou a chance de buscar um lugar definitivo no panteão da bola. Eleito três vezes melhor do mundo, ganhou tudo com o Barcelona. Mas carregava um histórico pobre na seleção: em duas Copas, não tinha nem chegado até a semifinal.

No Maracanã, no domingo (13), terá sua grande chance.


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