Folha de S.Paulo

Prefeitura vai alterar construções na Barra por Olimpíada

DO RIO

A Prefeitura do Rio decidiu mexer no gabarito e nos parâmetros ambientais da Barra da Tijuca para viabilizar a construção do campo de golfe e do centro de mídia dos Jogos Olímpicos de 2016.

Com o governo federal pagando a conta de R$ 134 milhões, a prefeitura decidiu também erguer um novo velódromo para a Olimpíada. Na segunda, o prefeito Eduardo Paes apresentará aos vereadores a proposta de lei que muda critérios ambientais no bairro para liberar as obras do campo de golfe.

No mesmo espaço, está previsto um condomínio de luxo. Parte do terreno, no entanto, não pode ser modificado por causa da legislação -a propriedade fica dentro da APA (Área de Preservação Ambiental) de Marapendi.

Com sua proposta, o prefeito pretende retirar a restrição de construção de uma fatia de 50.000 m do terreno. Em troca, a prefeitura transformaria em não edificáveis os lotes atrás do campo, voltados à praia da Reserva.

A construção do campo de golfe custará cerca de R$ 60 milhões, a serem pagos pelo empresário Pasquale Mauro e pela construtora RJZ Cyrela. Em troca, eles foram autorizados a construir 23 prédios de 22 andares na região.

O prefeito também vai propor aos vereadores a mudança do gabarito da região onde ficará o Parque Olímpico, também na Barra. Para a iniciativa privada arcar com a construção do centro de mídia, Paes pretende aumentar o gabarito da região de 12 para 18 pavimentos.

Eduardo Paes também anunciou o fim do velódromo, construído para o Pan de 2007 por R$ 14 milhões. Durante a campanha à prefeitura, Paes se mostrava contra um novo velódromo.

Uma nova pista será feita ao custo estimado de R$ 134 milhões, que serão pagos pelo governo federal, de acordo com a prefeitura. A pista da arena, feita de pinho siberiano, será enviada a Goiânia.