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Desejos de torcedor

Corinthians customiza projeto de seu estádio e integra história, rivalidade e até superstição

EDUARDO OHATA DE SÃO PAULO

Ao desenhar o projeto de seu estádio, o Corinthians foi além de detalhes de arquitetura e engenharia: customizou-o ao incorporar sua história, rivalidade, torcida e... uma boa dose de superstição.

Quando pisarem no campo, os jogadores estarão 777 metros acima do nível do mar. O número se refere à histórica conquista do Brasileiro de 77 e ao endereço do clube (rua São Jorge, 777).

A rivalidade com o Palmeiras também ganha espaço nas paredes do estádio, ou melhor, em sua vidraçaria.

Os vidros internos, externos e das estruturas da arquibancada não correm risco de esverdear. Do tipo "clear vision ultra-white", virão da Itália. Nem tudo o que foi encomendado será seguido à risca. Alguns anseios esbarram na tecnologia.

Chegou-se a planejar que a grama fosse preta. Porém se descobriu que o tom mais próximo que se alcançaria seria o cinza, e a grama não teria a resistência suficiente para suportar jogos de futebol.

A solução foi encomendar grama de inverno, verde-escura, diferente da de outras arenas, que fica amarelada.

Essa grama necessita que suas raízes sejam constantemente refrigeradas e que sua drenagem seja feita a vácuo.

Suas raízes são verticais -diferentemente das de outros tipos- e, por isso, não se enroscam na trava da chuteira, favorecendo o toque de bola.

O perfil aerodinâmico da cobertura refletirá ao interior da arena os ecos dos torcedores, amplificando-os. Para reforçar a máxima da "torcida que tem um time", foram banidas da programação visual homenagens a atletas. As imagens serão da torcida.

Apesar de vir da estação de metrô Artur Alvim, torcedores adversários não poderão ocupar o setor norte, atrás do gol da Radial Leste. Terão que dar a volta e entrar pelo setor sul -os corintianos não querem ver na plataforma frontal cores rivais.

A "customização" não impactou o orçamento. "As parcerias de descontos que o Corinthians fez e as negociações da Odebrecht fizeram [os custos] descer", diz Anibal Coutinho, do escritório Coutinho, Diegues, Cordeiro Arquitetos, responsável pelas obras.


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