Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Fábio Seixas

Plantar e colher

Razões para o sucesso de Vettel e Alonso não estão só no talento e remetem ao início de ambos na F-1

HÁ ALGO em comum entre Alonso e Vettel. E não é o talento, o estilo arrojado, o fato de entrarem na estreante pista de Austin, neste final de semana, na luta pelo Mundial.

Está lá atrás. Na gênese. No início de carreira na F-1.

Ambos foram descobertos por seus mecenas em campeonatos de base e conduzidos à F-1 com planejamento cuidadoso: em equipes pequenas, para ganhar experiência e um dia subirem para times maiores. Sem atropelo e, principalmente, sem pressão.

Alonso foi colocado na F-3000 por Briatore. Fez um campeonato apagado, mas mesmo assim subiu para a F-1, em 2001, pela Minardi. Em 2002 tornou-se piloto de testes da Renault e, em 2003, foi alçado a titular. Em 2004 conseguiu quatro pódios e em 2005 foi campeão, o que repetiu no ano seguinte.

Vettel caiu nas graças da Red Bull e foi levado por ela ao posto de piloto de testes da BMW, em 2006. Em 2007, a empresa de energético o colocou na Toro Rosso -sucessora da Minardi, diga-se, outra coincidência. Em 2008, conquistou a única vitória da história da escuderia. Em 2009, foi promovido para a Red Bull e ganhou quatro corridas. Nos últimos dois Mundiais, batata: ergueu o título.

Repito a palavra lá do começo: planejamento.

Fez toda a diferença. E ajuda a explicar o fato de Alonso e Vettel estarem disputando, agora, o recorde de tricampeão mais jovem da F-1. Vira e mexe, alguém pergunta o porquê de brasileiros tão promissores na base não terem vingado no topo.

Pizzonia e Zonta, para citar os dois casos mais clamorosos, fizeram tudo direitinho na base. Ganharam títulos, superaram marcas históricas, chamaram a atenção de gente graúda no automobilismo.

Mas entraram pela porta errada na hora errada.

Deu no que (não) deu.

Não, planejamento não é tudo, não é garantia de sucesso. A própria Red Bull sabe bem: vem tentando há anos replicar a fórmula em sujeitos como Speed, Alguersuari, Bourdais, Ricciardo e Buemi e quebrando a cara.

Mas a falta de um projeto bem pensado é quase sempre um atalho para o fracasso.

Ah, sim, alguém pode lembrar de Massa, cuja preparação foi bem parecida com as de Vettel e Alonso. É a exceção que confirma a regra.

SUCESSÃO

No final de semana em que perdeu um de seus grandes pilotos, Casey Stoner, agora aposentado, a MotoGP viu surgir um candidato a próximo astro.

Já campeão da Moto2, Marc Márquez largou em 33º e último em Valencia, passou 11 na primeira volta e venceu a prova com a derradeira ultrapassagem na penúltima volta. Com pista molhada.

Anotem este nome.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página