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Lúcio Ribeiro

Brasileirinho

Temos o campeão, temos os Libertadores e temos os rebaixados. Mas tivemos um grande Brasileiro?

Em que pese alegrias e tristezas normais de fim de campeonato, a impressão que tenho é que ninguém saiu muito satisfeito com seu time do Brasileirão-2012. Nem mesmo a torcida do campeão Fluminense.

Óbvio, o "nível de satisfação" aí é ajustável. Quero dizer que ninguém saiu pleno de contentamento.

O Flu garantiu a taça e esta Folha publicou um pedido de desculpas de um tricolor ilustre a Abel Braga em nome da torcida. No final, avisou que ainda assim vão pedir a cabeça do treinador se as coisas não andarem nos conformes em 2013.

O que falar da torcida do Palmeiras? Diz a zoeira popular que time grande nunca cai. Imagine cair duas vezes. Imagine cair depois de garantir meses antes a vaga para a Libertadores que tanto clube quer. Imagine jogar a segundona no ano em que entrará nos "tempos modernos", com o tal novo estádio. Parabéns a todos os envolvidos, da diretoria "dos tempos de outrora", que acha que boa administração é ter salários em dia, à torcida, que prefere quebrar a construir.

Já os corintianos, time e torcedores, foram turistas no Brasileiro. As preocupações eram/são outras e "maiores". Se o Timão realmente tivesse se empenhado no hexa nacional, provavelmente teria levado.

O Grêmio, segundão na tabela e firme na briga pela vaga direta à Libertadores, recebeu o seguinte Twitter de um torcedor logo após a eliminação na Sul-Americana: "Baita trabalho do Luxemburgo. Conseguiu ser eliminado por Caxias, Palmeiras e Millionarios no mesmo ano". O que deixa o torcedor mais frustrado é que, na reta final, o time teve tantas ou mais chances que o Atlético-MG para alcançar o líder. Mas vinha em casa uma derrota para a Lusa ou um 0 a 0 com o Coritiba...

Com quatro dos cinco maiores públicos do Brasileiro, não dá para chamar a torcida do São Paulo de desanimada com o time. Mas, para um clube que até há pouco só lutava pelo título (e geralmente o ganhava), jogar quase o Brasileiro deste ano todo se matando pela incrível conquista do quarto lugar é pouco para a história recente tricolor.

O Inter já ganhou uma coluna toda aqui, só para ele. Tem talvez o melhor elenco brasileiro, velha-guarda vencedora, novos na seleção, cheio de gringos bons, mas vai morrer pelo meio da tabela.

O santista exibe o melhor técnico brasileiro e o principal craque fora-de-série do país em anos, embora precise dividi-lo com a seleção. O que intriga é a percepção de que se tivesse Neymar "inteiro", poderia brigar pelo título, mas se ele não tivesse jogado algumas vezes o time poderia brigar era para não cair.

Tem também o estado de ânimo das torcidas do "agora vai" Atlético-MG, seu rival desanimado Cruzeiro, o Flamengo do "caso Adriano", o Vasco 2012 comparado ao do ano passado. Mas não vai ser deles que vou arrancar um "Wow, que Brasileirão legal foi este".


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