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Na 9ª temporada, Varejão brilha no garrafão

NBA
Pivô segue conselho do técnico do Cleveland e é o segundo melhor reboteiro da liga de basquete

ÉDER FANTONI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Anderson Varejão está em sua nona temporada na NBA, mas só agora descobriu o quanto pode render no ataque. Em seu melhor começo de campeonato, tem média de 14,3 pontos e 13,1 rebotes por partida -é o segundo melhor reboteiro da liga.

O brasileiro tem ainda 3,3 assistências de média. Em 2011/2012, quando se lesionou e perdeu boa parte da temporada, ele terminou com 1,7 passe que se converteu em cesta. Os números impressionam até mesmo o pivô, símbolo de raça na defesa do Cleveland Cavaliers.

"É um dos melhores momentos da minha carreira. É um pouco surpreendente porque desde que eu cheguei eu vinha fazendo outro papel, mais de defesa. Agora o técnico tem me dado muita confiança", disse Varejão à Folha, por telefone.

O treinador do Cleveland, Byron Scott, teve papel fundamental na evolução do brasileiro no ataque. Antes do início da temporada, o técnico deixou um envelope na cadeira dos atletas, dizendo o que esperava de cada um.

Para Varejão, o recado foi para arremessar mais e ser mais agressivo. O brasileiro seguiu o pedido à risca e está com 55% de aproveitamento nos arremessos, sua segunda melhor marca na NBA. E sem treinamento específico.

"Acho que, quanto mais você arremessa no jogo, quanto mais ritmo tem, maior vai ser o aproveitamento. Isso tem me ajudado bastante."

Na última terça, contra o Brooklyn Nets, Varejão teve uma de suas melhores atuações. Fez 35 pontos -recorde pessoal- e pegou 18 rebotes.

Seu bom desempenho também faz com que o treinador o deixe mais tempo em quadra. Varejão tem jogado, em média, 35 minutos por jogo.

"Vou ter que fazer um trabalho diferenciado, me cuidar o máximo possível e descansar para estar bem nos jogos. Mas acho que dá para jogar de 30 a 35 minutos por jogo, sem problema", afirmou.

Aos 30 anos, Varejão sabe que não tem como pensar em título em Cleveland. Desde a saída de LeBron James, que foi para o Miami Heat, a franquia não conseguiu montar um time capaz de fazer os torcedores sonharem com algo além de um playoff. Apesar disso, ele não pensa em trocar o time por um mais forte.

"Estou bem adaptado em Cleveland e gosto daqui. Não penso em troca. Desde que cheguei, fui muito bem recebido. Sinto um carinho muito grande da torcida."

O próximo passo é justamente ajudar a equipe a sair de uma situação ruim neste início de campeonato. Se o brasileiro se destaca individualmente, o time conseguiu só duas vitórias em dez jogos -domingo, perdeu do Philadelphia 76ers por 86 a 79.

"Eu acho que a gente tem grandes chances de começar a ganhar. É um time novo, com sistema ofensivo novo, mas pode surpreender."


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