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No adeus à McLaren, Hamilton desvaloriza seu parceiro de time

Para inglês, dupla com Alonso lhe ensinou mais que convívio com Button

DE SÃO PAULO

Para Lewis Hamilton, é hora de dizer adeus. Após uma parceria de 14 anos, 21 vitórias, 25 poles e um título mundial, o piloto inglês se despede amanhã da McLaren.

Cria do time desde o kart, Hamilton, 27, cortou o cordão umbilical no final de setembro, quando anunciou a ida para a Mercedes em 2013.

Cansado do rígido esquema da McLaren e vislumbrando o crescimento da "marca Hamilton", viu na Mercedes a chance de um novo início.

Após um começo marcante, repleto de quebras de recordes e o título em seu segundo ano, Hamilton viu surgir o fenômeno Vettel ao mesmo tempo em que enfrentava problemas fora das pistas.

Brigas com o pai, idas e vindas com a namorada e sem um carro vencedor, o inglês quase desistiu do sonho.

"Cheguei a pensar em deixar a F-1, mas às vezes pensamos que não podemos continuar fazendo alguma coisa e logo nos damos conta de que não há nada que te preencha mais do que aquilo", declarou ele à Folha em entrevista na qual fala de Deus, se compara ao ex-boxeador Muhammad Ali e diz que aprendeu mais sendo companheiro de Fernando Alonso que de Jenson Button. (TATIANA CUNHA)

Folha - Você disse várias vezes que a McLaren era a melhor equipe para correr. O que te fez pensar em sair?
Lewis Hamilton - Quando seu contrato termina, tem de olhar ao redor e ver as possibilidades. Se ignora as opções, só prejudica a si.

Sente-se feliz?
Não posso reclamar, pois me sinto abençoado. Tenho uma família incrível. Graças a Deus não tenho elementos negativos por perto, mesmo que sempre haja energias desse tipo me rodeando.

Você falou em bênção. Que papel tem a fé para você?
Não gosto muito de falar disso porque tem gente demais que quer dar opinião sobre isso no paddock. Fui criado numa família muito religiosa, íamos muito à igreja, mas quando comecei a correr tivemos que deixar isso de lado. Agora, quando posso, vou à missa. É graças a Deus que estou aqui. Ele me deu a habilidade que tenho.

No ano passado você parecia um fantasma. Agora parece estar de volta. O que mudou?
É verdade, estou de volta. Um dia escreverei um livro e contarei o porquê da mudança. Não gosto muito de falar deste assunto, mas tive situações com minha família que não foram agradáveis.

Parece sempre atrair mais atenção que seus parceiros...
Não sei o motivo disso, mas é verdade. Não sei se isso tem a ver com o que fiz nos meus dois primeiros anos na F-1. Meu pai sempre diz que aqueles que conquistam grandes coisas ganham muita atenção, como Ayrton Senna ou Muhammad Ali. A diferença é que eles certamente não tinham o meu temperamento.

O que aprendeu com Button?
Não saberia destacar uma coisa. Aprendi muito com o Fernando [Alonso], mas não sinto que tenha aprendido nada de especial com Jenson.

E com o Alonso?
Quando cheguei, ele tinha vários anos de experiência, dominava as rotinas de trabalho com a equipe. Prestei muita atenção a seu estilo.


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