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Em paz, Palmeiras volta para casa e perde

SÉRIE A Rebaixado, time reencontra torcida da capital, que poupa garotos e protesta apenas contra 'culpados'

MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

Palmeiras 1

Patrick Vieira, aos 25min do 1° tempo

Atlético-GO 2

Rayllan, aos 16min do 1° tempo, e Ernandes, aos 11min do 2° tempo

Aos 39min do segundo tempo, o placar era desfavorável, o Palmeiras jogava com um a menos e caía chuva fina e gelada no Pacaembu.

Mesmo com tudo adverso, o grito começou discreto, mas cresceu até estar na boca dos mais de 4.000 torcedores que pagaram para ver a derrota ante o Atlético-GO: "Palmeiras, Palmeiras".

Durante a semana, a diretoria do clube fez campanha contra a violência. O lema foi "Se o Palmeiras jogar no céu, eu morro para assistir. Vá em paz ao estádio", completado por pedido para que os garotos que entrariam em campo fossem apoiados.

O que foi atendido. Houve aplausos aos jogadores da base -seis começaram atuando e, antes da expulsão de Wellington, sete estavam em campo. Mas a torcida não perdoou os mais antigos, como Corrêa, Obina, Juninho e Artur, todos xingados.

O mais criticado foi o presidente Arnaldo Tirone, que esteve no Pacaembu, apesar de durante a semana ter ligado para amigos perguntando se haveria violência das organizadas. Quatro seguranças o acompanhavam.

"Sem agressões, o protesto faz parte. Foi uma semana doída", disse Tirone.

Houve mais estratégias para evitar confronto com a torcida do que simplesmente pedir paz. A direção manteve o ingresso mais barato a R$ 30, mesmo o jogo sendo entre dois times rebaixados.

O técnico Gilson Kleina atendeu um pedido informal das organizadas e "poupou" os mais criticados, como o atacante Maikon Leite e o zagueiro Leandro Amaro.

Barcos, o mais querido atualmente, estava suspenso, mas foi até o Pacaembu.

Os novatos, que podem ser a base do time na Série B em 2013, tiveram altos e baixos. O goleiro Raphael Alemão, que estreava aos 24 anos, falhou no primeiro gol.

"Errei, não tenho vergonha de admitir. Não posso desanimar. Mas me dou uma nota três hoje", disse Alemão.

Bruno Dybal e Patrick Vieira ditaram o ritmo depois de o time sair perdendo, e o empate aconteceu com Vieira, jogador que deve começar a temporada 2013 como titular.

No momento de seu gol, Vieira deu um tchauzinho: nas cadeiras cobertas do Pacaembu, havia muitos familiares dos garotos que ganharam chance na partida.

O chute rasteiro de Ernandes, no canto esquerdo de Alemão, já no segundo tempo, e a expulsão de Wellington, zagueiro da base que não foi bem, definiram o placar.

O resultado pouco importou ao torcedor, que gritou coros tradicionais de apoio e xingou aqueles que havia se preparado para criticar.

"Tem que nos xingar mesmo e poupar o garoto. Nós somos culpados", disse Obina.


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