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Juca Kfouri

Sorteio? Que sorteio?

A CBF fez lambança formidável, e a Fifa testemunha que conviver com o jeitinho é pouco

PERGUNTE NA RUA, ou em casa mesmo, de que países são as seleções que participarão do sorteio, neste sábado, da Copa das Confederações de 2013.

Desculpe, rara leitora, caro leitor, mas você mesmo sabe? Pergunto porque eu que deveria ter na ponta da língua dia desses, na rádio CBN, esqueci de uma seleção.

E por quê? Porque a CBF conseguiu fazer uma lambança tão formidável com a demissão de Mano Menezes e a espera pela renúncia de Andres Sanchez que tudo o mais ficou subalterno.

José Maria Marin, tão corajoso, sob a proteção da ditadura, para acusar o jornalista Herzog em 1975 e para elogiar o torturador Fleury, não teve o mesmo comportamento para demitir Sanchez, com medo da reação de Lula. Permitiu que agonizasse em praça pública durante cinco dias até que o próprio se decidisse a por fim no patético espetáculo. Mas o desgaste da imagem da CBF e do evento da Fifa foi brutal.

Se não bastasse, Marco Polo Del Nero teve a casa visitada de madrugada pela Polícia Federal e viu seus computadores pessoais apreendidos, além de documentos, exatamente na segunda-feira em que sua presença era esperada na tal Soccerex, no Rio, onde já estava o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que, agora, em vez de querer chutar nosso traseiro disse preferir se adaptar ao jeitinho brasileiro.

Mal sabia que o jeitinho seria o melhor dos mundos se fosse só isso.

Então, tudo se precipitou, porque ficou óbvio que a dupla de trapalhões Marin/Del Nero não calculou o estrago e o anúncio de Felipão precisou ser feito já.

Nos episódios, por sinal, há duas notícias aos corintianos, uma boa e outra má: a boa é a permanência de Tite haja o que houver no Japão; a má é a volta de Sanchez ao dia a dia do clube, com a compreensível força que tem no Parque São Jorge.

Voltando à lambança, fica claro cada vez mais que o problema do nosso futebol não está, como se tentou mais uma vez na Soccerex, em discutir a fórmula do Brasileirão, coisa secundária diante do amadorismo regado por moedas de ouro da cartolagem local.

Com mata-mata ou pontos corridos nossos estádios vivem ociosos e assim continuarão mesmo modernizados enquanto o futebol for explorado por essa gente que desrespeita não apenas as datas Fifa, mas a própria entidade.

E, antes que eu me esqueça, eis os países que estarão representados na Copa das Confederações, cujos nomes até constam das placas postas no matagal que virou a ilha da avenida Rebouças: Brasil, sede da Copa do Mundo; Espanha, campeã mundial e europeia; Itália, vice da Europa; Japão, campeão da Ásia; Taiti, campeão da Oceania, e México, da América do Norte, a seleção que esqueci de citar no rádio. Ah, a seleção campeã da África será definida só em fevereiro.


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