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Edgard Alves

Olímpicos esquecidos

Scolari e Parreira já declararam que ganhar a Copa é obrigação, mas nada falaram sobre Olimpíada

Muito foi falado sobre a seleção brasileira de futebol nos últimos dias por causa da troca de comando -sai Mano Menezes, entra Luiz Felipe Scolari- e do sorteio dos grupos da Copa das Confederações. Nada, porém, justifica a ausência de qualquer menção a planos relacionados à seleção olímpica masculina, já que as duas áreas estavam interligadas na CBF, com um único treinador para os times da Copa e da Olimpíada. É a forma ideal ou melhor seria um técnico para cada seleção?

É interessante destacar que o Brasil abrigará a Copa-14 e, dois anos depois, os Jogos Olímpicos. Atuando em casa, tanto Scolari como o coordenador da seleção, Parreira, não admitem outro resultado que não seja o título no Mundial, mas nada falaram sobre Olimpíada.

Ocorre que o ouro é um grande desafio, aliás, o único dos títulos internacionais importantes que o futebol brasileiro não conquistou. Em sua história nos torneios de futebol da Olimpíada, iniciada em Helsinque-1952, na Finlândia, o Brasil já levou três pratas: em Los Angeles-1984, Seul-1988 e, em agosto, em Londres. Tem ainda dois bronzes, em Atlanta-1996 e Pequim-2008.

Após anos de distanciamento, a CBF se reaproximou do Comitê Olímpico Brasileiro, que assumiu parte da preparação da seleção feminina para os Jogos de Londres. A seleção masculina foi bancada exclusivamente pela CBF.

Envolvido em escândalo de propina na Fifa e em contratos suspeitos no Brasil, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira renunciou. O vice, José Maria Marin, ex-presidente da FPF e ex-governador paulista ligado à ditadura militar, assumiu o posto em março último. Dois meses antes, Marin havia sido flagrado pela câmeras de TV se apropriando de uma medalha, de forma inadequada, na premiação da Copa São Paulo de juniores.

O casamento CBF-COB, no entanto, durou pouco. Durante os Jogos de Londres, Marin ficou aborrecido por não ter um pedido de credencial com livre acesso para todos os eventos atendido pelo COB. E deu o troco nas últimas eleições para a presidência do COB, quando Carlos Arthur Nuzman foi eleito pela quinta vez consecutiva sem que a CBF estivesse representada no pleito. Nas eleições anteriores, Teixeira enviava um dirigente.

A seleção sub-20, que tem entre os convocados Mattheus e Rafinha, filhos dos ex-campeões mundiais Bebeto e Mazinho, respectivamente, está convocada. Será ela a base para 2016?

A CBF, aconselhada pela Fifa, ou pressionada -tanto faz pois a diferença é pouca-, mudou seus planos de anunciar o técnico só em janeiro, e apresentou Felipão até 2014. A entidade, agora, precisa mostrar seus projetos das seleções, inclusive a feminina. Ou vai esperar pressões, inclusive do governo, que banca os gastos da Copa e dos Jogos?


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