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Juca Kfouri

No Japão, ao bi, Timão!

Aqui, em 2000, foi mais difícil e mais simples. Lá, o 1º jogo é o de maior risco

O CORINTHIANS ganhou o primeiro Mundial de Clubes da Fifa da maneira mais inteligente possível:

bicampeão brasileiro que era, viajou apenas 400 quilômetros até o Rio, e diante de cerca de 25 mil fiéis, ganhou o título.

Agora, ao que tudo indica, outros tantos estarão com o time, mas no Japão, provavelmente algo inédito na história, maior deslocamento de massa de uma cidade a outra de continentes tão distantes.

No Brasil, no Morumbi, palco dos três primeiros jogos, o campeonato exigiu mais esforço em campo e muito menos fora.

O Corinthians fez uma estreia nervosa contra o marroquino Raja Casablanca, venceu por 2 a 0 apenas no segundo tempo e no segundo gol, na verdade, a bola não entrou.

O segundo jogo foi contra o Real Madrid, com empate de 2 a 2, mas com a anulação inexplicável de um gol brasileiro, e o terceiro, contra os árabes do Al Nasser, terminou 2 a 0, com a consequente classificação à final, no saldo de gols.

Na final contra o Vasco, que eliminara o Manchester United, o 0 a 0 levou aos pênaltis o Corinthians se saiu melhor.

No Japão, serão apenas dois jogos, mas com mata-mata. Dos brasileiros que jogaram nesta fórmula, só o Santos ganhou por mais de um gol de diferença na estreia, nas semifinais, 3 a 1 no campeão japonês. O São Paulo ganhou de 3 a 2 dos sauditas, e o Inter, de 2 a 1 dos egípcios, além de ter perdido para congoleses por 2 a 0, o jogo da lição.

Tite disse que o Mazembe está para o Inter no Mundial assim como o Tolima está para o Corinthians na Libertadores.

E nós, brasileiros, parece que não aprendemos nem depois de derrotas assim, ou como a imposta pelos mexicanos na final olímpica em Londres -para não falar do 13º lugar no ranking da Fifa.

Só se fala do jogo contra o Chelsea na final, que, aliás, pode ter é o mexicano Monterrey, vacinado pela eliminação imposta pelos japoneses no ano passado.

Ora, o Corinthians terá uma longa e desgastante viagem pela frente, saindo do calor brasileiro para o inclemente frio japonês, e o tal jogo de estreia que carrega a obrigação da vitória, ainda fruto de nossa arrogância.

Sim, porque a final é a final.

É possível vencê-la nos pênaltis, como o Corinthians contra o Vasco.

Sem merecer, mas obtida limpamente, como o São Paulo contra o Liverpool.

Ou num lance episódico como fez o Inter, também limpamente, contra o Barcelona.

Ou, ainda, levar uma goleada como o Santos levou do mesmo Barça no ano passado.

De qualquer jeito, ao chegar nela, o vice-campeonato está assegurado e, a viagem, salva.

Sempre lembrando que mesmo que venha a ganhar seu bi, o Corinthians não será o melhor time do mundo, como o Chelsea não é o melhor da Europa.

Será, "apenas", o campeão mundial de 2012.

Vai, Corinthians!!!


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