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Juca Kfouri

Testar e inchar a cabeça

Mano Menezes tinha sua seleção montada e mantida. Felipão busca a dele, a todo risco

ATÉ SOFRER o gol de Rooney, embora naturalmente menos organizada que a seleção inglesa, a brasileira mostrava, ao menos, a paciência de tentar reter a bola em seu pé e mantinha o equilíbrio no tapete de Wembley.

Teve até a chance de sair na frente duas vezes, no pênalti que achou e foi mal batido por Ronaldinho e, no rebote, também mal aproveitado por Neymar. Mas bastou sofrer o gol para que o time começasse a fazer ligações diretas e facilitasse as coisas para os rivais.

A bola chegou bem ao ataque brasileiro apenas uma vez, quando Oscar deixou Neymar embaixo do travessão e ele fez o mais difícil ao desperdiçar o gol de empate.

Júlio César ganhava a aposta de Felipão, e Ronaldinho errava passes em cima de passes.

Atrás, Dante mostrava segurança, e Ramires e Paulinho batiam cabeças longe da dupla entrosada dos tempos de Mano Menezes, deficiência circunstancial que pode servir para Felipão voltar ao seu estilo de ter, ao menos, um volante-volante, num eventual retrocesso.

A entrada de Arouca no recomeço do jogo terá sinalizado algo por aí, embora as de Lucas e Fred tenham mostrado a preocupação em refinar o ataque com o centroavante do Fluminense e torná-lo mais incisivo com o ex-são-paulino.

Ao contrário da companhia de Kaká, Neymar parece se inibir com a presença de Ronaldinho.

Nem bem o segundo tempo começou e, gelado, Júlio César bateu roupa, para sorte dele sem maiores consequências.

E Fred apresentou seu cartão de visitas, ao empatar depois que Lucas roubou a bola da defesa inglesa -e ao mandar no travessão em nova entregada da defesa britânica.

Logo os ingleses se reequilibraram, exigiram duas defesaças do goleiro brasileiro, e Arouca entregou a Lampard o segundo gol.

Foi a vez de Jean entrar, depois Filipe Luís e depois Miranda.

Mano Menezes deixava sua seleção intocada em campo o maior tempo possível, mas Felipão quer testar, testar e testar.

Ficará de cabeça inchada.

TRISTEZA

Aurélio Miguel, o judoca olímpico, era voz corajosa denunciando o mandonismo na Confederação Brasileira de Judô. Hoje é acusado de receber propinas para facilitar a vida de quem recorra aos seus préstimos como vereador. Segundo quem conhece os meandros da Câmara paulistana, era esperado.

A Confederação Brasileira de Tênis também vive seu escândalo, acusada de fabricar notas frias para pagar o que lhe foi dado de graça. Seu presidente, apoiado até por Guga, era outro que criticava as seguidas reeleições de seu antecessor e hoje faz igual.

Como estranhar o mensalão mineiro tucano, o petista, o novo(?!) presidente do Senado, o da Câmara? Não dá para estranhar. Mas nem para desesperar. Jamais!


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