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Esporte

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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Efeito surpresa

Caberá a Tite escalar Pato, seu jogador mais promissor, no lugar em que ele renda melhor

Os últimos 15 minutos do empate contra o São Caetano mostraram o Corinthians diferente.

Danilo estava aberto pela esquerda, Emerson pela direita, Paulinho e Renato Augusto como volantes. Alexandre Pato jogava avançado, no centro do ataque, perto de Paolo Guerrero.

Duas linhas de quatro jogadores e mais dois atacantes enfiados.

Pato nunca foi tipicamente um centroavante. Também não é um ponta, como os que Tite escala há dois anos no seu 4-2-3-1.

Por isso, o desenho do Corinthians vai mudar para receber Pato. Isso, desde que Pato jogue em seu melhor nível, dê motivo para ser titular.

A variação tática não existe apenas em função do novo atacante. Há dois anos, o Corinthians varia pouco. Puxa Danilo para o lado ou o escala como meia-armador. Avança Paulinho ou, eventualmente, coloca-o ao lado com Ralf. Avança Emerson como centroavante ou o desloca para a esquerda.

Todo mundo sabe como o Corinthians joga.

E, como o Corinthians não tem os craques do Barcelona ou do Real Madrid, quem conhece os macetes corintianos é capaz de bloqueá-los.

Por mais que varie o posicionamento dos jogadores, Tite não vai perder as características de sua equipe, marcação por pressão e infiltração rápida.

Não eram muito diferentes as equipes sob o comando de Tite. "No Inter, era um losango no meio de campo", lembra o treinador.

Assim, foi campeão da Copa Sul-Americana em 2008, vice da Copa do Brasil em 2009.

O Grêmio, vencedor da Copa do Brasil em 2001, jogava no 3-5-2. Mas os princípios eram idênticos, pressão e intensidade.

Pensando assim, a mudança de desenho tático não surpreenderá tanto. O que pode causar alguma surpresa é o talento.

Pato tem o drible, o chute, o passe preciso. Jogou bem pouco tempo de sua carreira, mas poucos resistiram a chamá-lo de craque nesses momentos raros.

Há antídoto para a tática.

Mais difícil, no entanto, é criar anticorpos para o talento.

Cabe a Tite escalar seu jogador mais promissor no lugar em que possa render mais.

Por isso, a preparação do novo sistema, será visível quando o ex- -milanista estiver em campo, na campanha da Libertadores que começa para o time no dia 20.

VOLTA À LIBERTADORES

O Atlético-MG volta à Libertadores depois de 13 anos. Seu último jogo foi contra o Corinthians, nas quartas de final de 2000.

Gilberto Silva errou passe e ofereceu o gol da classificação ao Corinthians.

Hoje, Gilberto Silva pode ajudar na variação tática que Cuca adora implantar. Ora o time joga com quatro homens na defesa, ora com três.

Percebe-se pouco, quase não se fala sobre isso, mas o Atlético-MG muda no decorrer dos jogos.

Com Diego Tardelli, Jô e Bernard, é fácil fazer essa variação também no ataque. Atlético-MG x São Paulo farão o melhor jogo da primeira rodada da Libertadores.

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MAIS FORTE
Vargas e Barcos podem fazer o Grêmio candidato à Libertadores. Elano já foi finalista do torneio e Zé Roberto, semifinalista. Luxemburgo tem o compromisso de conquistar o título com o qual sonhava em 1994, época em que disputava com Telê o título de melhor técnico do Brasil.

MAIS FRACO
Com Marcelo Moreno na troca por Barcos, o Palmeiras não monta a equipe da Libertadores. Fica como o mais fraco dos brasileiros, mas organiza o time da Copa do Brasil e da Série B. É realista. Sem Marcelo Moreno, é preciso corrigir o erro e contratar um centroavante.


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