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Tênis

Sem opção, Brasil Open recorre ao velho Ibirapuera

Ginásio, 56, é sede do torneio de elite 12 anos após país perder Masters por falta de local apropriado

EDUARDO OHATA FERNANDO ITOKAZU DE SÃO PAULO

Em 1999, o Brasil ganhou o direito de abrigar o antigo Masters (hoje Finais do ATP, torneio que reúne os oito melhores tenistas da temporada) em 2001.

O país perdeu o evento, que seria em São Paulo, por falta de local apropriado.

Agora, 12 anos depois, a maior e mais rica cidade do país continua sem um local adequado para realizar grandes eventos esportivos.

O Brasil Open, único evento de primeira linha do circuito masculino profissional de tênis no país, começa hoje no ginásio do Ibirapuera, que está nitidamente ultrapassado.

O ginásio é antigo. Foi projetado para fazer parte das comemorações do quarto centenário de São Paulo (1954), mas foi inaugurado em 1957.

Em 2011, passou por uma reforma de cerca de R$ 15 milhões, que conseguiu sanar os problemas mais sérios.

"Agora, quando chove, não há mais goteiras, que era uma coisa crônica", afirma o coronel Luiz Flaviano, diretor do conjunto desportivo Constâncio Vaz Guimarães.

No Mundial feminino de basquete de 2006, as goteiras incomodaram não só o público, mas também as jogadoras -algumas escorregaram com a quadra molhada.

Com a reforma, o ginásio passou a ter condições de abrigar torneios oficiais de tênis, já que antes não havia espaço suficiente para a quadra nos parâmetros exigidos.

Em 2012, depois de 11 anos de disputa na Costa do Sauipe (BA), o Brasil Open se transferiu para São Paulo.

Mas a falta de espaço ainda é um problema para outras modalidades. Flaviano afirma que futsal e handebol precisam fazer adaptações para conseguir usar o local.

Para o Mundial feminino de handebol, o piso para a montagem da quadra foi elevado em 1,40 m. O que acarretou na perda de capacidade de público, hoje de 11 mil.

SAUNA

O Ibirapuera não conta com climatização, o placar eletrônico é antigo, o estacionamento é pequeno e para realizar atividades fora dos vestiários, como entrevistas e encontro com patrocinadores, os esportistas precisam passar no meio do público.

"O ginásio tem um sistema de ventilação que dá conta no dia a dia, mas com uma partida de tênis fica quente mesmo", afirmou Flaviano.

Ele, porém, lembrou que no Brasil Open o problema é agravado por causa do fechamento das grades nas arquibancadas com placas e tecidos por parte da organização.

O UFC realizou uma programação no Ibirapuera em janeiro e improvisou ventiladores para evitar a repetição do que aconteceu no Federer Tour no final do ano passado, quando o local foi chamado de "sauna" pelo tenistas.

"Não sei quantos anos este ginásio tem, mas percebe-se que ele é velho", disse Roger Federer, questionado se o país teria condições de abrigar as Finais do ATP. "É preciso criar a melhor atmosfera possível para a experiência de fãs, mídia e torcedores."

Luiz Flaviano reconhece que o Ibirapuera "não pode ser comparado a um ginásio europeu", mas afirma que melhorias estão sendo feitas.

Ele afirmou que há um projeto em andamento para a climatização do ginásio, esperando apenas licitação.

Sobre o placar, disse que há "uma promessa" para a compra de um de quatro faces, que possa ser pendurado no teto do Ibirapuera.


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