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Libertadores

Palmeiras procura inspiração em zebra

Azarão entre brasileiros, time abdica de futebol vistoso e quer repetir trajetória de Burkina Fasso

RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL A ITU

"Acompanhei a Copa da África. Burkina Fasso também não tinha nenhuma esperança e chegou à final."

A frase dita por Gilson Kleina demonstra que o Palmeiras encontrou uma fonte de inspiração para não jogar a toalha antes mesmo de estrear na Taça Libertadores.

É com o exemplo da surpreendente seleção, vice-campeã da Copa Africana de Nações, que a equipe paulista começa hoje, às 22h, contra o Sporting Cristal-PER, sua trajetória na competição interclubes mais importante da América.

Burkina Fasso nunca disputou uma Copa do Mundo nem teve um jogador de destaque no cenário internacional. Mas, apesar da história rica do Palmeiras, encaixa-se no momento atual do clube.

Assim como a seleção africana, o time do Parque Antarctica fica devendo quando tem seu elenco comparado ao dos rivais da Libertadores.

Se a vice-campeã da África teve pelo caminho astros como Drogba (Costa do Marfim) e Moses (Nigéria), o Palmeiras vê os adversários ostentarem craques como Luis Fabiano (São Paulo), Pato (Corinthians), Fred (Fluminense), Ronaldinho (Atlético-MG) e Barcos (Grêmio), seu homem de referência até o último fim de semana.

A saída do argentino deixou a equipe carente do seu maior (e talvez único) ídolo. A reposição tem priorizado quantidade a qualidade.

Do mesmo jeito que Burkina Fasso, o Palmeiras é tratado como azarão no torneio.

A reportagem conversou com dirigentes de clubes envolvidos na Libertadores e eles apontaram cinco brasileiros como favoritos para vencer a competição. Todos, menos o time de Kleina.

Até o treinador, apesar do discurso otimista, reconhece que sua equipe, rebaixada para a Série B no Brasileiro, larga em desvantagem.

Sem nenhum destaque e com um grupo desentrosado, formado nas duas últimas semanas, Kleina irá apelar para o "futebol de resultado".

"É claro que o Palmeiras talvez não faça um bom futebol, um futebol de convencimento, mas vamos nos entregar", declarou o treinador.

O primeiro sintoma dessa filosofia está na escalação para a estreia na Libertadores.

O técnico encontrou uma forma de acomodar três zagueiros e quatro volantes no time que joga no Pacaembu.

Vilson, um dos defensores, deve atuar como primeiro volante, enquanto Marcelo Oliveira, volante de origem, começa na lateral esquerda.

Ambos estreiam com a camisa palmeirense, assim como o lateral direito Weldinho, que saiu do banco do Corinthians para ser titular na equipe que sonha em ser como Burkina Fasso.


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