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 2014

Copa do Mundo não sairá no tempo da Fifa, afirma Del Nero

Vice da CBF afirma que obras podem ser entregues fora do prazo

MORRIS KACHANI DE SÃO PAULO

Oficialmente, Marco Polo del Nero, 71, é presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), vice da CBF e representante brasileiro no Comitê Executivo da Fifa.

Na prática, é o homem forte do futebol brasileiro, com trânsito livre com o presidente da CBF, José Maria Marin, e principal candidato a sucedê-lo na eleição de 2014.

Ele recebeu a Folha para falar sobre o atraso nas obras da Copa, a ameaça dos elefantes brancos e a opção por Luiz Felipe Scolari.

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Folha - Há muita corrupção no futebol?
O ser humano é passível de corrupção. Tanto FPF como CBF criaram mecanismos para coibi-la, especialmente na arbitragem. Investimos em psicólogo, corregedoria e ouvidoria. Nos últimos dez anos, a arbitragem melhorou muito no âmbito nacional.

Por que o Campeonato Paulista continua existindo?
A cada ano que passa nosso patrocinador de TV, que é a Globo, nos paga mais. Se paga mais, é porque o mercado propicia. Deve ser um bom campeonato, não?

Você se enxerga como futuro presidente da CBF?
Se nós tivermos apoio... Temos o apoio político de todas as federações. Mas o processo eleitoral ainda não foi deflagrado.

Estamos a menos de 500 dias da Copa. Quais as expectativas?
A safra de jogadores é muito boa. A CBF está fazendo sua parte, ao contratar duas pessoas com capacidade moral e técnica, que são o [Carlos Alberto] Parreira e o [Luiz Felipe] Scolari, dois ex-campeões do mundo. Eles têm de trazer essa Copa.

Qual a diferença entre Marin e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF?
A diferença do Marin para o Ricardo é que o Ricardo não sorri e ele [Marin] sorri bastante. Ricardo parece durão, mas na intimidade é o oposto.

Você foi intimado a depor na PF recentemente...
Isso nada tem a ver com futebol ou com meu escritório de advocacia. É um caso pessoal no qual contratei um detetive. Era uma namorada que eu precisava saber mais detalhes da vida. Você tem que saber onde está pisando.

Qual a imagem do Brasil na perspectiva da Fifa?
Eles cobram bastante, pesado e com razão. Querem estádios e entornos prontos e entregues no prazo. Acho que tudo vai acontecer a tempo -não no tempo que a Fifa quer. As coisas, às vezes, atrasam.

Corremos riscos de criar elefantes brancos no país?
Corremos. Não podemos fugir a essa realidade. Manaus é um estádio que pode se tornar um elefante branco. Mas temos um conserto, que seria o governo fazer aportes nos campeonatos de lá. Outro aspecto, transformar o estádio para outros eventos. Todos serão multiúso.


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