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Torcedor viajou com seis sinalizadores
MARCEL RIZZO DE SÃO PAULOO associado da Gaviões que afirma que irá se entregar hoje a autoridades deve informar na Vara de Infância e Juventude de Guarulhos que embarcou em um dos quatro ônibus da caravana de organizadas corintianas para a Bolívia com seis sinalizadores.
Não está claro, porém, se todos os aparatos são navais, como o que atingiu o boliviano Kevin Beltrán Espada.
A intenção da Gaviões da Fiel, torcida organizada da qual o menor é sócio, é de que as 12 pessoas presas na Bolívia, indiciadas pela polícia local, possam ter liberdade facilitada com a confissão.
Filiado à Gaviões desde outubro de 2010, o garoto mora com familiares em Guarulhos. Alguns dos artefatos comprados pelo adolescente, segundo o advogado que o representa, Ricardo Cabral, eram apenas fumaças que produzem luzes.
No Brasil, objetos como este são proibidos desde 2010 em estádios, quando o veto foi acrescentado no texto no Estatuto do Torcedor.
Outro ponto que será abordado pelo garoto para tentar mostrar que o tiro foi acidental é que, logo após o disparo, ele temeu a reação dos próprios corintianos.
Pelo menos três deles, também membros de organizadas, alegaram que não foram atingidos por pouco.
O fato de quase ter atingido pessoas próximas a ele será um argumento de Cabral para mostrar que o adolescente não direcionava o sinalizador para a torcida rival.
A família do menor soube na quinta-feira que ele chegaria ao Brasil no sábado e que contaria que disparou o sinalizador. Os ônibus da caravana tiveram problemas mecânicos e demoraram para atravessar a Bolívia.
Cabral pretende enviar ainda hoje para a Justiça boliviana fotos do garoto e detalhes do depoimento. Segundo ele, quando o retrato for comparado com as imagens divulgadas na internet ficará comprovada que foi dele a autoria do disparo.
Doze pessoas estão com prisão preventiva decretada na Bolívia e serão indiciadas pela morte de Espada por assassinato. Dois como autores (Cleuter Barreto Barros, 24, e Leandro Silva Oliveira, 21), e outros dez como cúmplices.
Entre eles está Tadeu Macedo de Andrade, 30. Ele é um dos principais dirigentes da Gaviões e candidato informal à presidência, em eleição que deve acontecer em 2014.
