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Paulo Vinícius Coelho

O coadjuvante

Quanto mais Ganso tem chance de ser titular, mais se vê Jadson brilhante e o companheiro opaco

Ganso foi contratado por R$ 24 milhões e quem brilha é Jadson. E quanto mais se dá chance para Ganso ser titular, mais se vê Jadson brilhante, Ganso opaco, sem asas.

É como se depois da atuação em "Lincoln", Daniel Day Lewis comemorasse o Oscar de melhor ator para Tommy Lee Jones, seu coadjuvante.

A situação é impossível no cinema. É possível no futebol.

Tanto que hoje Ganso é o coadjuvante e Jadson, o protagonista.

Quanto mais se escala Ganso, mais Jadson brilha.

Sábado, o São Paulo assumiu a liderança do Paulistão ao vencer o Linense por 3 a 0. Jadson participou dos três gols, chutou bola na trave e foi justamente aplaudido em sua substituição, aos 30min do segundo tempo. Ney Franco não queria castigar o melhor jogador em campo. Desejava rodar o elenco, proteger e até ver aplaudido o maior craque da partida. Era justo!

Lembre da convocação de Mano Menezes para a Copa América, apenas dois anos atrás. Jadson era o reserva. Seu nome foi contestado. Ganso, titular absoluto, jogou pedrinha. Jadson chegou a ser titular no segundo jogo, contra o Paraguai. Jogava com seu atual parceiro, ele pela direita, Ganso centralizado.

Daquela vez, Jadson não jogou bem, mas fez gol. O sistema 4-2-3-1 era idêntico ao utilizado pelo São Paulo no sábado passado. Jadson fez gol, mas foi substituído no intervalo, por Ganso.

Pois contra o Linense foi o inverso. Jadson jogou bem, Ganso, não. Jadson permaneceu no segundo tempo, Ganso foi substituído. Jadson fez gol, saiu sob aplausos no segundo tempo. Ganso vê a torcida lhe torcer o nariz a cada passe de lado.

Segue sendo verdadeira e justa a lembrança de que diversos ídolos são-paulinos contaram com a paciência da torcida para dar certo. Pedro Rocha, Darío Pereyra, Careca e Raí poderiam ter ido embora antes de dar alegrias eternas, se estivessem em clubes menos pacientes.

O São Paulo conhece a história, vai esperar por Ganso.

Mas que o negócio é cada dia mais duvidoso, isso é. Ganso teve lesões de joelho que comprometeram eternamente a vida de outros craques -vários superaram o problema.

O São Paulo tem sido mais forte no 4-2-3-1 com dois atacantes pelos lados, como no segundo tempo contra o Linense, com Aloísio e Osvaldo pelas pontas.

Assim, Ganso fica de fora.

Com um ou outro sistema, Jadson tem sido o melhor jogador da equipe. Se alguém vai concorrer ao prêmio de protagonista, hoje não é Paulo Henrique Ganso.

O São Paulo ainda sente falta de Wellington em sua melhor forma física, se ressente da ausência de um lateral defensivo, pela lesão de Paulo Miranda. Mas a questão central é mesmo se Ganso e Jadson jogarão juntos. Hoje, Jadson é mais importante do que o camisa 8, ex-Santos.

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SEM CENTROAVANTE

Marcar pressão é o que o Palmeiras mais quer e mais sabe fazer. O problema é ter a bola e não criar. Daí o gol da vitória sobre o Barbarense ter nascido de uma bola roubada no ataque. Falta ainda um centroavante.

COM CENTROAVANTE

Guerrero fez de pênalti. Sempre ele! Mas Pato foi o homem escalado como centroavante no início do empate contra o Bragantino. Aos poucos, Tite vai dando chance para sua estrela, que pela segunda vez fez gol.


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