Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Ex-dirigente mantém casa e fazenda no Rio de Janeiro
TEIXEIRA
Ex-cartola não volta ao Brasil desde que se mudou para os EUA
O ex-dirigente Ricardo Teixeira não voltou ao Brasil desde que deixou a presidência da CBF, em março de 2012. Mas mantém ainda imóveis no Rio de Janeiro.
Em 2008, ele declarou à Receita Federal ter um patrimônio de R$ 8,4 milhões. No fim de 2011, tinha como principais fontes de renda o salário de R$ 98 mil por presidir a CBF e uma fazenda em Piraí, que produzia laticínios.
Pouco antes de deixar o país, ele se desfez dos animais da fazenda (mais de 100 cabeças de gado) e ganhou um aumento do seu sucessor na entidade, José Maria Marin.
Até o final do mês passado, Teixeira recebia R$ 120 mil mensais para prestar "consultoria" a Marin. O atual presidente da CBF diz ter suspendido os pagamentos.
O ex-dirigente continua como dono da fazenda em Piraí (a cerca de 90 km do Rio) e de uma casa na Barra da Tijuca, entre outras propriedades.
Em março de 2012, Teixeira deixou o Brasil e se mudou para os EUA por receio de ter seu passaporte apreendido pelas autoridades brasileiras.
Em julho do ano passado, a Justiça da Suíça revelou que o ex-presidente da CBF ganhou 12,74 milhões de francos suíços (cerca de R$ 26,5 milhões) de propina da ISL, principal parceira da Fifa por mais de uma década.
O ex-dirigente negava ter recebido as propinas da ISL antes de a Justiça da Suíça tornar público o pagamento. Depois, Teixeira se calou.
Seis meses depois, foi acusado pela revista francesa "France Football" de ter sido subornado para favorecer a candidatura vitoriosa do Qatar à sede da Copa de 2022.
Segundo a publicação, Teixeira teria recebido R$ 14 milhões dos qatarianos para a realização de um amistoso entre Brasil e Argentina em Doha, pouco antes da escolha feita pela Fifa.
O amistoso em 2010 teria sido parte de um pacote dado aos dirigentes Teixeira e Julio Grondona, presidente da federação argentina, em troca dos voto deles. O brasileiro nunca se manifestou sobre as acusações da revista francesa. (SÉRGIO RANGEL)