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Pressionado, Muricy cita exemplo de Tite e Corinthians, adversários no clássico de amanhã, para defender sua permanência no Santos

FABIO LEITE DE SÃO PAULO RAFAEL VALENTE ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Muricy Ramalho era aguardado no CT do Santos com expectativa pelos jornalistas, que esperavam o técnico mal-humorado depois de uma semana marcada pelos rumores sobre sua demissão. Não foi isso o que se viu em 20 minutos de entrevista.

O treinador apareceu cabisbaixo na sala de imprensa, usou tom de voz sereno e, ao falar da pressão, citou Corinthians e Tite, adversários de amanhã como exemplos.

"É importante lembrar que a diretoria do Corinthians há pouco tempo foi criticada, muita gente pedia a saída do Tite, mas a diretoria, com o Andres [Sanchez], segurou", afirmou o técnico santista.

Ele fazia a referência à crise corintiana após a queda para o Tolima na Libertadores-2011. Tite balançou, mas foi mantido no cargo e venceu três títulos na sequência.

"Tite é um grande treinador. Ele continuou, teve a confiança e, como já tinha conhecimento, foi campeão. Hoje é um dos maiores do país", acrescentou Muricy.

A referência tem justificativa. Muricy é pressionado por integrantes do conselho santista. A principal reclamação é a falta de resultados após a chegada de sete reforços.

Durante a semana, o técnico chegou a se reunir com o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro e o vice Odílio Rodrigues. Ambos asseguraram sua permanência.

A crise atual é a pior vivida por ele desde que chegou ao clube, em abril de 2011. Nem mesmo após a queda na Libertadores-2012 para o Corinthians ele foi tão criticado.

"Quando comecei a carreira, eu me preocupava com a pressão. Hoje, não. Graças a Deus tenho bom mercado", minimizou Muricy, que também fez um "mea culpa".

"Pelo que a gente está jogando, o time não merece ser elogiado. Temos consciência [disso]. Daqui a pouco acontecem bons jogos, e o time deslancha", acrescentou.

Do outro lado do clássico, Tite optou por não conceder entrevista ontem. Deixou Renato Augusto, provável titular, falar com a imprensa.

O treinador ainda usufrui, em campo, da tranquilidade conquistada com a Libertadores e o Mundial. E tem respaldo da diretoria alvinegra.

Fora de campo, o clube vive momento delicado devido à tragédia em Oruro, na Bolívia, onde um torcedor do San José foi morto após ser atingido por um sinalizador lançado por um corintiano.

Amanhã, Tite deve poupar parte dos titulares por causa da partida contra o Tijuana, no México, pela Libertadores. Diferentemente de Muricy, que usará força máxima.

Apesar do clima agitado pré-clássico, Muricy tem um fator em que se apoiar para recuperar o prestígio.

O Corinthians é o rival contra o qual tem um dos melhores retrospectos na carreira. São cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota-na Libertadores-2012.

Contra Tite, Muricy também costuma ir bem. São dez vitórias contra cinco do adversário e mais cinco empates.


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