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O último romântico

Burt Bacharach faz show de duas horas em SP neste sábado; desafio é resumir 56 anos de sucessos

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Quando alguém pergunta a Burt Bacharach, 84, qual é sua ocupação, o músico americano diz, simplesmente: "Escrevo canções de amor".

E continua escrevendo.

Está terminando um musical a quatro mãos, com o roqueiro Elvis Costello.

"Não penso em parar", diz Bacharach à Folha, numa entrevista por telefone concedida em um dia de gripe forte, em que interrompe a conversa várias vezes, com tosse.

"Eu estarei bem no Brasil, garanto. Adoro o país", complementa, referindo-se aos dois shows que vai apresenta nesta semana: amanhã, no Rio, e sábado, em São Paulo, com ingressos quase esgotados. Em seguida, mostrando sua disposição, ele segue em turnê pela Europa.

Com uma pequena orquestra e três vocalistas,o músico não conseguirá fugir, mais uma vez, de hits adorados por várias gerações desde 1957. Principalmente por quem ia aos cinemas nas décadas de 1960 e 1970, quando uma trilha sonora assinada por Burt Bacharach valia ouro.

Ele reconhece a força de seus sucessos. "Sinto que não tenho o direito de fazer shows sem algumas canções que as pessoas sempre esperam."

A lista é imensa, mas talvez "Raindrops Keep Fallin' on My Head" e "I Say a Little Prayer" sejam as mais queridas, especialmente entre seus fãs brasileiros.

"Mostro os maiores sucessos, mas faço um show longo [cerca de duas horas] e coloco músicas mais recentes que são minhas favoritas", diz.

Entre elas estão as que gravou com Ron Isley em 2003. Ele diz adorar seu álbum com o cantor do Isley Brothers.

O maestro, cantor e compositor já visitou o Brasil várias vezes. A última foi em 2009. A primeira, no entanto, tem uma história curiosa.

Em 1959, aos 31 anos, ele tocou no Copacabana Palace, no Rio. Na época, ele era diretor musical da turnê da diva alemã Marlene Dietrich.

Sua primeira apresentação no país pode ser conferida no CD "Dietrich in Rio", de 1959, à venda em lojas on-line. Ele fez arranjos, regeu a orquestra e até sentou ao piano em alguns momentos do show.


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