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Crítica - Novela

"Amor à Vida" tem texto cafona e vilão vivido magistralmente

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

A estreia de Walcyr Carrasco no horário nobre das 21h era cercada de expectativas: cabe a ele reconquistar um telespectador que fugiu da antecessora "Salve Jorge" e cativar um público saudoso de "Avenida Brasil", de 2012.

No primeiro capítulo de "Amor à Vida", o autor procurou resgatar a direção ágil e o clima noir que marcaram a primeira fase da trama de João Emanuel Carneiro.

Se os cortes rápidos, um vilão de língua afiada vivido de forma magistral por Mateus Solano e a sucessão de acontecimentos na largada foram pontos positivos, o texto cafona e recheado de clichês e uma dose excessiva de "licença poética" estragaram a festa.

É difícil engolir que um hospital de ponta faça um parto normal em uma paciente com risco de eclampsia (convulsões) diagnosticado no pré-natal. Da mesma forma, o desenvolvimento da gravidez e do parto de Paloma foi inverossímil.

Para a estreia na faixa das 21h, Carrasco escolheu uma trama que parece um patchwork de histórias já vistas: seja a semelhança com tramas de Manoel Carlos, como "Por Amor", seja com a já citada "Avenida Brasil''.

Resta saber se vai corrigir os flagrantes problemas detectados pelos fãs do gênero no Twitter, já que é usuário ativo da rede social, ou se vai adotar o estilo Gloria Perez de ver teoria da conspiração em tudo e manter o bonde correndo fora do trilho.

Se optar por inovar, já pode limar a irritante música de abertura entoada por Daniel, abortar a interpretação mexicana da obstetra vivida por Leona Cavalli e dar um energético para a heroína.


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