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Robert Redford volta à ativa com filmes politicamente engajados

Ator de 76 anos estreia hoje "Sem Proteção", em que vive ex-militante radical em fuga do FBI

O artista foi aplaudido de pé no Festival de Cannes por sua atuação solitária como velejador em "All Is Lost"

DO ENVIADO A CANNES

"Sem Proteção" não teve um grande impacto quando lançado, há um mês, nos Estados Unidos. Rendeu apenas US$ 4 milhões (R$ 8 milhões) e não recebeu boas críticas. O filme, no entanto, marca o renascimento de Robert Redford, 76, que não aparecia à frente das câmeras desde "Leões e Cordeiros", de 2007.

A partir desse filme, em que também atua como diretor, Redford começa a retomar seu lugar na cultura pop, como fez a partir do fim dos anos 1960 com "Butch Cassidy" (1969) e "Todos os Homens do Presidente" (1976).

"Não trabalhava como ator porque não me queriam", afirmou à Folha, no último Festival de Veneza, no qual lançou "Sem Proteção".

No longa, que tem fotografia do brasileiro Adriano Goldman, ele interpreta um ex-militante do grupo radical americano Weather Underground, que queria derrubar com bombas o governo dos EUA, em protesto contra a guerra do Vietnã, em 1968.

Procurado por roubo e assassinato, o personagem de Redford some do mapa e só é encontrado anos depois, pai de família e longe de protestos.

Quando a polícia descobre a identidade do ex-ativista, ele sai em fuga perseguido pelo FBI e por um repórter investigativo (Shia LaBeouf).

O personagem reflete o engajamento político do criador do festival de Sundance (dedicado ao cinema independente), que costuma contribuir para entidades como o Comitê de Ação Política do Sindicato dos Diretores. "Eu morei anos na França e isso me fez ter uma visão crítica do meu país. Há muita coisa errada nos Estados Unidos."

Oito meses depois dessas palavras, Redford participa do Festival de Cannes, que acaba neste domingo. Ele foi aplaudido de pé por sua performance solitária em "All Is Lost", de J.C. Chandor ("Margin Call"), sobre um velejador lutando contra um naufrágio.

ESCÂNDALOS

Filme diferente, mas mesmo discurso. "Algumas coisas se perderam nos EUA. Nossa crença tem sido abatida por escândalos como Watergate. E não terminou. Há uma América que ninguém vê por baixo da propaganda", reclamou. "Decidi que isso será o tema de meus filmes."

Será interessante notar o mesmo engajamento nos projetos do novo Redford workaholic. No ano que vem, ele faz um espião em "Capitão América 2: O Retorno do Primeiro Vingador". Em seguida, uma aventura nos Apalaches com Nick Nolte em "A Walk in the Woods".


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