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Canção foi escrita na juventude do cantor

DE SÃO PAULO

Quando "Faroeste Caboclo" foi lançada no disco "Que País É Este 1978/1987", a canção já era velha conhecida de amigos do compositor Renato Russo.

A música foi escrita no início da década de 1980, quando um jovem Russo se apresentava por Brasília como Trovador Solitário: só ele, um banquinho e um violão.

"Lembro quando ele me mostrou a música, em umas férias na Ilha do Governador [RJ]", conta Helena Lemos, irmã mais nova de Fê e Flávio Lemos, do Capital Inicial.

"Ele tinha um caderno cheio de letras ainda não gravadas, que depois foram surgir com a Legião", conta.

Philippe Seabra, vocalista da banda Plebe Rude, também presenciou os primeiros dias daquela que se tornaria uma das músicas mais famosas do rock brasileiro.

"Renato tocou 'Faroeste' para mim debaixo de um bloco em Brasília", lembra. "A música era muito forte."

O álbum "Que País É Este 1978/1987", terceiro da carreira da Legião, reunia sete canções antigas, da época de Trovador Solitário e de Aborto Elétrico, e apenas duas inéditas, "Angra dos Reis" e "Mais do Mesmo".

"A música é a história do Brasil, é um hollywoodão, cheio de clichês do país. Quando ouvi, pensei: 'É um filme'. Tanto é que acabou virando isso mesmo", diz Marcelo Bonfá, baterista da banda.

A canção foi censurada para radiofusão por conter "referências a drogas e linguagem grosseira e vulgar", conta o jornalista Carlos Marcelo na biografia "Renato Russo - O Filho da Revolução", cuja nova edição sairá com ensaio sobre "Faroeste Caboclo".

As rádios começaram, então, a tocar uma versão com cortes em partes como "comia todas as menininhas da cidade", "que fica atrás da mesa com o cu na mão" e "olha pra cá, filha da puta sem vergonha".

Renato Russo afirmou na época que a estrutura de "Faroeste Caboclo" foi inspirada em "Hurricane", sucesso épico de Bob Dylan sobre um boxeador condenado à prisão, e em "Domingo no Parque", de Gilberto Gil.


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