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Giulia Gam vive personagem-símbolo do arrivismo

DE SÃO PAULO

Na trama de "Sangue Bom", o "símbolo maior" do afã pela celebridade é a personagem Barbara Ellen (Giulia Gam), como observa o autor Vincent Villari.

Atriz sem talento e mulher interessada em dinheiro e ostentação, Barbara passa os dias maquinando factoides para se manter na mídia.

"Ela fez todas as opções que eu não fiz. Tive que vencer pudores e me virar do avesso para entrar nessa personagem", afirma Gam.

Com uma sólida carreira teatral, as opções profissionais que Gam fez incluíram uma entrada ressabiada no universo da televisão.

"PLAYBOY"

"Sou da geração que vinha do teatro e só queria fazer minissérie. A gente não queria fazer novela, porque tinha algum preconceito. E a gente não queria de jeito nenhum posar para a Playboy'", relembra a atriz.

A intérprete da arrivista Barbara Ellen diz ver com bons olhos que "Sangue Bom" procure traçar um retrato dos conflitos e ambições da juventude atual por meio de seu sexteto de protagonistas jovens.

Referindo-se à sua própria fase pós-adolescente, Gam, 46, afirma: "A gente tinha os nossos ismos'; uma ideologia. Hoje não sei que ismo' [a juventude] tem."

Sedutora e exacerbada, Barbara Ellen acumula ex-maridos, amantes, filhos, (poucas) amigas e (muitos) desafetos em "Sangue Bom".

Com uma língua afiada e desconcertante sinceridade, ela é a personagem que revela meandros e artimanhas da indústria de celebridades.

Para se sentir desenvolta numa interpretação que passeia por diversos registros --como o melodrama, o naturalismo, o realismo e a tragédia, conforme cita a própria atriz--, Gam precisou "tirar muitos coelhos da cartola".

E ficou satisfeita ao se dar conta de que, ao longo da carreira, acumulou coelhos em número suficiente.

"Sofri, derrubei lágrimas, passei noites em claro trabalhando com diretores, mas agora vejo que reuni uma riqueza que é o know-how', o meu repertório, a minha propriedade intelectual", afirma a atriz.


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