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Trajetória do longa se assemelha à do autor
DO RIOCarolina Kotscho costuma dizer que a vida de Paulo Coelho pode ser resumida em um tuíte, a partir de dois títulos de parcerias dele com Raul Seixas: "Tente Outra Vez" e "Não Pare na Pista".
"O Paulo não chegou onde está porque é iluminado, mago. Foi porque ele batalhou muito e teve força para não desistir no meio do caminho. Isso é a essência para mim, a história que interessa contar", diz a roteirista da cinebiografia do escritor.
Nesse sentido, a trajetória dele se assemelha à da longa. "Foram sete anos, é muito difícil fazer um filme desse tamanho, meu primeiro como produtora. Quantas vezes ouvi que era impossível", diz ela, que dividiu a produção com Iôna de Macêdo.
O projeto começou em 2007, após Carolina ser apresentada ao autor, por acaso, por um amigo em comum: Roberto Viana, que fez um documentário sobre Coelho.
A roteirista diz que não era exatamente fã do autor. "Eu tinha lido O Diário de um Mago'. Falei para ele que nunca fui leitora assídua dele, mas sempre tive muita curiosidade pela figura dele."
Segundo ela, Coelho não se intrometeu na produção. "Chapa-branca é tudo que o filme não é. Ele leu o roteiro, mas não quis dar palpite. Até ganhar essa confiança, houve um processo, ninguém entrega sua vida assim."