Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Coleção Folha analisa cores vibrantes de Milhazes
Pintora carioca está no volume que vai às bancas neste domingo, dia 14
Arte erudita, culturas de massa e popular e natureza tropical mesclam-se em obra valorizada em leilões
O universo de cores e formas de Beatriz Milhazes vai às bancas neste domingo, dentro da Coleção Folha Grandes Pintores Brasileiros.
O décimo volume da série é dedicado à artista que nasceu no Rio em 1960 e fez parte da chamada Geração 80, de artistas surgidos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, como Adriana Varejão (vol. 5 da coleção), Daniel Senise (vol. 22), Chico Cunha e Cristina Canale.
As cores da obra da artista remetem ao mundo natural, mas também às criações humanas em artes, arquitetura, propaganda, design, vestuário, decoração e ornamento.
Desse conjunto de referências eruditas e populares, permeadas pela natureza exuberante, resulta uma obra universal, muito valorizada por museus e leilões.
Em novembro do ano passado, por exemplo, "Meu Limão" (2000) foi arrematada em um leilão em Nova York por US$ 2,1 milhões. É até hoje o maior valor pago por obra de um artista brasileiro vivo.
Cinco anos antes, ela já havia quebrado a barreira de um milhão de dólares quando a pintura acrílica sobre tela "O Mágico" (2001) foi vendida por US$ 1,049 milhão.
Esta última e outras 27 obras da artista, entre pinturas, colagens e cenários, são analisadas em detalhe no livro da coleção, escrito por Caru Duprat, professora da Faap e historiadora da arte.
O percurso de obras selecionadas começa em 1982, ano em que a artista ainda frequentava o Parque Lage, e vai até 2010. Entre as obras, estão "O Elefante Azul" (2002), "Avenida Brasil" (2003-2004) e "Férias de Verão" (2005).
A galeria de obras lança luz sobre a trajetória da artista, sempre marcada pela organização cromática e pela experimentação de materiais.