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Conservatório de Paris admite músico brasileiro

Aos 22 anos, Rubens Lopes é o primeiro percussionista do país na instituição

LUCAS NOBILE DE SÃO PAULO

A decisão de não seguir uma carreira na área de tecnologia da informação, e se dedicar quase em tempo integral à música erudita, tem rendido bons frutos ao paulista Rubens Lopes no Brasil e no exterior.

Aos 22 anos, o jovem nascido em Estrela D'Oeste, no interior de São Paulo, é o primeiro percussionista brasileiro a ingressar no Conservatório de Paris, uma das instituições de ensino de música mais renomadas do mundo.

Destaque da Orquestra Jovem do Estado, Lopes toca diversos instrumentos da percussão erudita, com devoção especial à caixa clara --instrumento criado na Europa no século 15--, e tem sido considerado um prodígio.

Ele impressionou professores e colegas músicos por ter ingressado diretamente no segundo ciclo do conservatório, que corresponde ao mestrado na instituição, onde estudará por dois anos.

Na idade dele, é comum que os jovens, mesmo formados em seus países, entrem na graduação da escola francesa.

"O conservatório é um foco importante da música contemporânea. Para a gente aqui no Brasil, que não tem muito contato com isso, creio que vai ser uma abertura grande", diz Lopes.

Formado pela Unesp, onde integrou o Grupo Piap (de Percussão do Instituto de Artes do Planalto), um dos mais importantes do país, Lopes só teve sua ida a Paris confirmada graças à conquista, no ano passado, do prêmio Ernani de Almeida Machado, dedicado a jovens músicos.

Mesmo sabendo que o curso no conservatório francês é gratuito, o músico teria dificuldade para arcar com custos de transporte e alimentação. A preocupação foi sanada com os R$ 60 mil que recebeu ao vencer o prêmio.

"Antes de eu entrar na faculdade, há cinco anos, não me considerava um percussionista. Achava que ia seguir a carreira como baterista, tocando MPB e rock", diz Lopes. "Minha vontade maior é voltar com o conhecimento e conversar com as pessoas", completa o músico.


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