Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Música

Pitchfork retrata bagunça de estilos que assola a música

Festival reúne veteranos e estrelas, como Björk e M.I.A, mas mantém veia indie em palco do fundão

Apoteose do encontro encerrado no último domingo nos EUA foi a apresentação do cantor de R&B R. Kelly

LÚCIO RIBEIRO COLUNISTA DA FOLHA, EM CHICAGO

Exemplo da bagunça conceitual e de estilos que assola a música, o festival predominantemente indie rock do site alternativo Pitchfork pesou a mão em atrações do hip-hop, viu um show grande mais preocupado com roupas do que com música (Björk) e teve como apoteose a apresentação de R. Kelly, um cantor rodado de R&B que já vendeu mais de 50 milhões de álbuns na carreira.

Para entreter 55 mil pessoas que circularam pelo Union Park, em Chicago, de sexta a domingo, o Pitchfork Festival 2013 espalhou 46 atrações por três palcos coloridos. O principal, verde, o intermediário, vermelho --um perto do outro alternando a programação--, e, mais longe, "nos fundos" do festival, um menor, na cor azul.

Pode se falar que o verdadeiro Pitchfork aconteceu nesse último, o azul. Foi nele que a molecada se espremeu para ver as revelações como as boas Parquet Courts, Sky Ferreira, Blood Orange e Charlift, entre outras atrações.

Mas foram as bandas veteranas, como Wire (anos 70) e Swans (80), indie-anciãs como Breeders, Yo La Tengo e Belle & Sebastian, assim como as conhecidas cantoras Bjork e M.I.A., que atraíram a maior parte do público adulto do evento aos palcos vermelho e verde.

Na questão "agito", a inglesa M.I.A. mostrou domingo que ainda sabe botar uma grande audiência para dançar com sua mistura eletrônica que vai de hip-hop a funk carioca, com recados étnicos. A inglesa mostrou hits e também canções do quarto disco, "Matangi", a ser lançado.

No sábado, Björk, com uma extravagante roupa que a fazia parecer um ET da velha série "Perdidos no Espaço", cantou músicas de temas científicos que compõem "Biophilia", disco de 2011. No palco, um telão mostrava estrelas explodindo.

O show foi cortado em meia hora de sua duração, por causa da tempestade que ameaçava cair sobre Chicago. A produção desligou tudo e aconselhou o público a deixar o parque.

OLHA O VINIL

A ação mais "Pitchfork" do Pitchfork Festival ocorreu mesmo dentro da tenda em que donos de lojas de disco de Chicago vendiam seus produtos.

O selo da banda australiana Cut Copy, que nem tocou no festival, montou uma máquina de fazer vinil e fabricou ali para todos verem, nos três dias do festival, 120 cópias do novo single do grupo, numeradas e com o nome do comprador gravado.

Isso sim foi indie.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página