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Pacote básico de TV paga no Brasil é 27º mais caro

Pesquisa comparou preços em 47 países; Nova Zelândia fica em primeiro no ranking

SILVANA ARANTES DE SÃO PAULO

A ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) divulgou ontem pesquisa segundo a qual o preço médio do pacote básico de TV paga no Brasil (US$ 27,43) é o 27º mais caro entre 47 países.

A pesquisa foi feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) entre abril e maio de 2013. Para comparação de preços, usou-se o chamado índice Big Mac, de paridade de poder de compra, baseado no preço do sanduíche e desenvolvido pela britânica "The Economist".

Segundo os dados, a Nova Zelândia tem o pacote mais caro e a Índia, o mais barato. Entre os 47 países, são superiores ao preço brasileiro os de Argentina (5º lugar), Chile (8º lugar), Uruguai (10º lugar) e EUA (18 lugar). O preço é inferior ao do Brasil no México (34º lugar) e Colômbia (35º lugar), por exemplo.

"Não é barato, mas não é dos mais caros do mundo, como costuma-se dizer", afirmou o presidente da ABTA, Oscar Vicente de Oliveira.

Para a associação, os dados ajudam a explicar a expansão significativa do número de assinantes de TV paga observada nos últimos anos no Brasil --atingindo 17 milhões de assinantes em 2012-- já que o preço está "ao redor da média mundial".

Oliveira culpou as "condicionantes" impostas pelo "contexto brasileiro de regulação [do mercado de TV] e a incidência de impostos" pela dificuldade do setor em diminuir seus preços.

"Se considerarmos must carry' [carregamento obrigatório de canais imposto pela Lei da TV paga], cota [de produção nacional obrigatória] e uma série de imposições aos operadores brasileiros, o preço é competitivo no contexto em que a gente está inserido", afirmou o porta-voz do setor. "Apesar dessas condicionantes, nosso preço em relação ao mercado mundial é razoável", disse ele.

Segundo o presidente da ABTA, "o mercado brasileiro [de TV por assinatura] consolidou sua liderança na América Latina em 2012 e firmou-se como o décimo mercado no mundo".

SATISFAÇÃO

Outra pesquisa realizada pela ABTA com assinantes brasileiros aponta que o índice de satisfação com o serviço é, em média de 8,01, numa escala de zero a 10.

"Não obstante ser uma nota bastante razoável, a expectativa [do cliente] é acima dessa nota", disse o presidente da associação, em apresentação da pesquisa, na manhã de ontem, em São Paulo.

"A conclusão é que é feita uma avaliação boa [do assinante sobre o serviço], mas espera-se mais. A exigência com o produto é extremamente alta, o que, por um lado, é bom, porque mostra uma valoração do produto e do serviço", disse Oliveira.

A expectativa, segundo ele, é de que "o mercado continue crescendo, mas não nos índices dos últimos dois anos", que foram respectivamente de 30% e 27%.

A estimativa de desaceleração deve-se à redução das perspectivas de crescimento do país, com a revisão para baixo das projeções de crescimento.


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