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Os clones de Billy Elliot

Intépretes do personagem que dá nome ao musical contam que sofrem bullying como o personagem e que têm dificuldades para estudar

DE SÃO PAULO

Billy Elliot, personagem-título do filme lançado em 2000, se multiplicou. Além do Billy original, interpretado por Jamie Bell, 27, outros 71 similares passeiam por aí.

Três deles estão agora em São Paulo, para cumprir a temporada de duas semanas de "Billy Elliot - O Musical", no Credicard Hall.

Para viver esse personagem carismático --menino corajoso do norte da Inglaterra que enfrenta toda sorte de preconceito para poder dançar-- todos os 71 intérpretes passaram por uma bateria de testes. Uma vez contratados, levaram vida espartana.

Em geral, quem interpreta Billy Elliot no musical tem entre 10 e 15 anos, costuma deixar a escola por alguns meses, passa a receber treinamento rigoroso e é recompensado com aplausos e cachê. Isso dura cerca de um ano e meio. Depois eles espicham demais para o papel. E voltam para a vida cotidiana.

Na primeira fase das audições, explica Nora Brennan, uma das responsáveis pela seleção, eles podem apresentar qualquer tipo de dança.

Depois, "nós ensinamos uma coreografia do show e verificamos o potencial para aprender outras coisas além de técnicas de balé: acrobacia, canto e atuação", diz. "Levamos em consideração a habilidade de manter o foco e o senso de determinação."

Brennan afirma que "cada ator dá personalidade diferente para o papel".

BULLYING

Entre as dificuldades, vários desses garotos falam sobre continuar com os estudos durante as turnês. Ty Forhan, 15, conta: "A escola na estrada é feita de forma independente, mas temos grandes tutores nos auxiliando".

"Na maioria das vezes, fico bem estudando on-line. Mas tem momentos que isso se torna mais difícil, você se perde facilmente no computador. Você precisa de muita disciplina para estudar on-line", diz o suíço Giuseppe Bausilio, 16.

Vários deles também se identificam com aspectos da vida do personagem, especialmente por terem enfrentado preconceito e resistência entre amigos e parentes.

Quando foi escolhido para o papel, Bausilio estava estudando em uma pequena escola de 226 crianças. "Eu era o único dançarino e sofri bullying algumas vezes. Eu agradeço às pessoas [que praticaram bullying comigo], porque elas me calejaram, e hoje é mais fácil dar de ombros."

Ele conta que depois que pegou o papel foi "muito interessante ver seus "inimigos" reagindo ao fato de ele interpretar um protagonista na Broadway: "Meus amigos continuaram meus amigos, e de repente meus inimigos viraram amigos também."

Para Forhan, o último número do primeiro ato, "Angry Dance" ("dança da raiva") é o mais difícil de interpretar. Para Bausilio, "Electricity" é mais difícil, pois fecha o show no segundo ato e exige que o ator cante, depois dance, depois cante e dance junto.


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