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Prefeitura faz mea-culpa com bailarinos

Artistas da dança reclamaram da escolha de Deborah Colker, do Rio, para integrar Conselho da Cidade de SP

Após pressão da classe, Haddad abriu nesta semana mais uma cadeira a ser ocupada por artista de São Paulo

DE SÃO PAULO

A divulgação do nome da coreógrafa Deborah Colker como membro do Conselho da Cidade, grupo formado por profissionais de diversas áreas para debater políticas públicas junto à Prefeitura de São Paulo, causou desconforto entre artistas da dança.

Eles reclamam que Colker vive e trabalha no Rio de Janeiro, e que há outros profissionais, residentes em São Paulo, com mais liderança e mais conhecimento dos problemas da cidade.

Após pressão de bailarinos e coreógrafos, a prefeitura resolveu reconhecer o deslize. Abriu no início desta semana uma cadeira extra no Conselho, a ser ocupada por um profissional da dança, agora sim, residente na capital.

A assessoria de imprensa da prefeitura apenas confirmou que a nova cadeira estava à disposição de uma nova indicação da classe.

O nome será escolhido em reunião pública prevista para a próxima segunda, organizada pela Cooperativa Paulista de Dança e pelo movimento A Dança se Move, diz o bailarino e coreógrafo Sandro Borelli, presidente da cooperativa. Sandro é um dos que podem ocupar a cadeira, além da bailarina Sofia Cavalcanti e do artista Daniel Kairoz.

"Quando fui convidada fiquei bastante honrada", diz Colker. "Não se falou sobre atuações ou representatividade para o setor. Eles [a prefeitura] sabiam que a sede da companhia era no Rio de Janeiro, mas que venho, sistematicamente, desenvolvendo trabalhos em São Paulo."

Para Colker, no entanto, houve "falha" da prefeitura em não nomear mais um profissional da dança residente na capital paulista. Ela vê a reação de profissionais paulistanos da classe como "uma reivindicação justa."

"Só nesse momento, penso em quatro nomes que não poderiam estar de fora: (o coreógrafo) Ivaldo Bertazzo, (a crítica) Ana Francisca Ponzio, Hulda [Bittencourt], diretora artística do Cisne Negro, e a Marika [Gidali, bailarina]. Também penso na Iracity Cardoso, do Ballet da Cidade.

Colker diz que sua história com o teatro teve um desenvolvimento "maior em São Paulo". "Tenho proximidade com a cidade também por causa do meu neto, e estou desenvolvendo lá parcerias com pesquisa médica. E meu cachorro veio de São Paulo."

Sobre sugestões para a cidade, a coreógrafa se restringe a dizer que "não é difícil tê-las, pois são bastante parecidas com outras para grandes cidades brasileiras". Colker divulga ainda que tem planos de trabalhar no teatro Oficina, a convite do diretor José Celso.


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