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Bienal terá quinteto de curadores na edição 2014

Britânico já anunciado dividirá função com espanhóis e israelenses

Pela primeira vez a mostra paulistana será dirigida por um grupo de estrangeiros, sem uma figura central

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

"Como Viver Junto" foi o título da 27ª Bienal de São Paulo, organizada por Lisette Lagnado, em 2006, mas, ao que parece, poderia ser o nome da próxima edição da mostra.

Os cinco curadores da mostra --sim, são cinco, e não apenas o já anunciado Charles Esche, britânico-- estão trabalhando em um sistema horizontal e pretendem transpor esse modelo de cohabitação sem hierarquias para a mostra, programada para setembro do próximo ano.

Pela primeira vez juntos em uma entrevista, Esche, os espanhóis Pablo Lafuente e Nuria Enguita Mayo e os israelenses Galit Eilat e Oren Sagev contaram à Folha sobre o método de trabalho que pretendem implementar na Bienal, iniciado ao abandonar o cargo de um único curador principal.

"O convite individual sempre significou que eu representava esse grupo de cinco pessoas", explica Esche.

Dessa forma, a equipe pretende despersonalizar o evento, questionando a noção de autoria ao retirar de um único curador o cargo central: "Queremos focar em o que estamos fazendo, ao invés de quem está fazendo", conta Lafuente.

Em quase duas horas de entrevista, diálogo, solidariedade e questionamento da noção de autoria foram conceitos repetidos muitas vezes, apontando para um discurso integrado do time internacional. É a primeira vez, aliás, que um grupo de estrangeiros dirige a mostra.

Esche é o principal vínculo entre eles. Diretor do museu Van Abbe, em Eindhoven, na Holanda, lá e em outros locais ele já desenvolveu projetos com Sagev e Eilat. Fundador da editora Afterall, em Londres, ele criou diversas publicações com Pablo Lafuente e Nuria Mayo.

O que também vincula o grupo é que todos se dedicam a atividades acadêmicas.

"Todos nós ensinamos em universidades, então queremos também tornar esse processo educativo. Bienais são eventos massivos e complexos, como professores queremos tornar transparente seu processo de realização", defende Lafuente.


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