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Atrizes contam história da novela no país

Programa 'Damas da TV', no Viva, exibe entrevistas com 23 artistas que atuam há mais de 40 anos na televisão

A cada episódio, uma intérprete relembra sua carreira; a primeira é Gloria Menezes, na próxima quarta-feira

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Vinte e três atrizes que há mais de 40 anos atuam na teledramaturgia brasileira vão recontar, com suas histórias pessoais, os 50 anos de exibição de novela diária no país.

Irene Ravache, Fernanda Montenegro, Laura Cardoso e Rosamaria Murtinho são alguns dos nomes presentes na série "Damas na TV", do canal Viva, que a partir da próxima quarta-feira, às 21h, vai exibir uma entrevista por episódio com essas artistas.

Gloria Menezes, 78, é quem abre a série. A atriz interpretou a presidiária que trabalhava como telefonista e despertou a atenção do galã vivido por Tarcísio Meira em "2-5499 Ocupado", a primeira novela com exibição diária no país, pela extinta TV Excelsior. "Foi um divisor de águas total e absoluto para o artista brasileiro, que passou a ser conhecido no Brasil", diz, no programa.

O depoimento é dado a Hermes Frederico, 56, idealizador e produtor da série, que não aparece em cena. Ele diz à Folha que deixou a fala delas fluir, sem muitas amarras. Isso permite que elas percorram um caminho afetivo na narrativa, sem deixar de trazer informações que ajudam a compreender a história da telenovela.

Os depoimentos são entremeados por exibições de fotos e cenas das novelas.

Uma das "Damas da TV", Irene Ravache, 69, conta à Folha só entrou na Globo após desafiar o diretor Rubens Amaral, que deixava o prédio após tê-la deixado horas esperando por uma reunião, na porta.

Ravache o abordou no estacionamento, dizendo: "Como diretor da emissora, o senhor está cometendo um erro gravíssimo". "Qual?", ele perguntou. "Eu não estou nela". A atriz teve uma semana para provar seu talento, sob a pena de ver Amaral espalhar por aí que havia "uma louca chamada Irene Ravache".

Ravache não ganhou a fama, mas papéis em 12 novelas. O primeiro deles em "Paixão de Outono" (1965).

Contemporânea da atriz, a colega Rosamaria Murtinho, 73, que estreou na TV como protagonista de "A Moça que Veio de Longe" (1964), de Ivani Ribeiro, diz que antes as gravações eram mais simples e as novelas, mais curtas. "Não havia externas", conta.

Hoje, avalia que as tramas são mais grandiosas, com elencos maiores e produção mais numerosa. E tem o HD "que mostra até a espinha no pescoço do rapaz que está beijando a moça" (risos).

Atualmente interpretando a Tamara de "Amor à Vida", na Globo, Murtinho acredita que mesmo com as mudanças de linguagem nas novelas --agora mais ágeis-- e com queda de audiência, a novela nunca vai perder seu espaço.

Frederico até vislumbra um "Damas da TV" com uma segunda geração --mulheres que atuam há 25 ou 30 anos. "Tem Christiane Torloni, Claudia Raia, tem muita gente", diz.


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