Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'A Hora da Estrela' é a próxima obra da coleção

Filme sobre a ingênua Macabéa é uma das obras-primas de Clarice Lispector

'É a história de uma inocência pisada', conta a autora em uma das poucas entrevistas sobre o livro, em 1977

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Clarice Lispector não era de entrevistas. Na única televisionada, dada à TV Cultura no começo de 1977, a autora falou da novela que acabara de escrever.

"A história de uma moça tão pobre que só comia cachorro-quente. A história não é isso só, é de uma inocência pisada, de uma miséria anônima."

"A Hora da Estrela", lançado em outubro daquele ano, pouco antes da morte da autora, ainda não tinha nome. "Tem 13 títulos diferentes", disse ela, sobre a história da migrante que levava uma vida difícil no Sudeste.

A novela virou o filme de 1985, dirigido por Suzana Amaral e incluído no quarto volume da Coleção Folha Grandes Livros no Cinema, que vai às bancas no próximo domingo (1º de setembro).

Marcélia Cartaxo --melhor atriz nos festivais de Berlim e Brasília por esse papel-- faz Macabéa, datilógrafa alagoana que sonha em ser estrela de cinema. O filme também ganhou um prêmio da crítica do festival alemão, dado à diretora Suzana Amaral.

José Dumont é Olímpico, namorado que troca Macabéa pela amiga e rival Glória (Tamara Taxman), que, à certa altura, diz: "Você é muito desbotada, Macabéa!".

Fernanda Montenegro é Madame Carlota, cartomante que prevê um futuro brilhante para a protagonista, apesar do seu presente de invisibilidade.

"Eu senti na pele o que é ser Macabéa em um ambiente urbano estranho", disse a diretora sobre o tempo em que estudou cinema em Nova York.

Pelo longa, seu primeiro, venceu como melhor diretora em Brasília e Havana.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página